Casa do Salgueiral: uma casa de família entre vinhedos

A Casa do Salgueiral é abraçada por vinhas. (Fotografia: DR)
Em pleno Douro Vinhateiro descobre-se a Casa do Salgueiral, uma quinta que está na mesma família há cerca de cem anos, e que se abre agora ao público, com quartos, apartamentos, uma piscina, sala de jogos e, claro, hectares de vinha.

A braçada por vinha e sossego, a Casa do Salgueiral, a dois minutos do centro de Santa Marta de Penaguião, é um refúgio no Douro, ideal para ser usufruída como espaço para descansar, ou como ponto de partida para explorar a região.

Trata-se de uma casa de família – e na família, há cerca de 100 anos -, onde habita José Taveira Leite Pereira, e a mulher, Helena Mendonça, agora reformados, após dedicarem a vida ao jornalismo e ao ensino. Em 2016, quando José herdou a quinta, o casal percebeu que “a única maneira de a manter, seria recuperá-la e abri-la ao público”. A vontade “era manter aquilo que pudesse ser mantido, e arranjar a casa de forma a que fosse confortável para nós e para os turistas”, explica José. E as ideias do arquiteto Fernando Seara, natural do Douro, acabaram por se conjugar com aquilo que o casal tinha em mente. Transformaram-se, por exemplo, os quartos em suítes. Ainda que tenham perdido espaço, mantiveram dimensões generosas e “ganharam em funcionalidade”.

(Fotografia: DR)

(Fotografia: DR)

Ao todo, a quinta apresenta quatro apartamentos de dimensões entre os 60 e os 100 metros quadrados – dois T0 e dois T2 – e três quartos duplos, divididos pelo rés-do-chão e pelo primeiro piso, à exceção da Casa dos Caseiros, que se encontra num edifício independente da casa principal. Os apartamentos estão equipados com cozinha, permitindo “uma vida completamente independente”, até porque o casal, admitindo que se possa cruzar com os hóspedes durante a estadia, garante que não impõe a sua presença.

Apesar de adaptadas às comodidades atuais, as divisões ainda conservam memórias do passado, como algumas mesas usadas agora como secretárias, candeeiros, cómodas, cadeiras e os próprios nomes. A designação “Quarto da Nina” é uma referência à irmã do proprietário, e o “Quarto dos Meninos” era onde José e o irmão costumavam pernoitar. Já o apartamento Loja da Lenha era a divisão onde se armazenava a lenha para ser usada no inverno, e foi o que sofreu a intervenção mais ousada. Há uma presença significativa de pinho, matéria que forra o piso, as paredes e o teto, dando ao espaço um ambiente moderno e acolhedor.

Apartamento “Sala do Ping Pong”. (Fotografia: DR)

Loja da lenha. (Fotografia: DR)

Quarto da mãe. (Fotografia: DR)

O tempo que sobra pode ser passado na sala de jogos, que ocupa a zonas dos antigos lagares, onde se encontra o bilhar, baralhos de carta, damas, xadrez, além de uma televisão com canais desportivos, em mergulhos na piscina ou em passeios pelos sete hectares de vinha, de onde saem as uvas que dão origem aos vinhos tinto, branco e do porto, produzidos pelas Caves de Santa Marta. A casa já teve produção própria, como aliás atestam as garrafas datadas de 1984, mas após a morte do pai do atual proprietário, essa tarefa foi passada para a cooperativa.

Em querendo-se, o vinho é degustado acompanhado de propostas ligeiras, como tábuas de queijos ou de enchidos, e na companhia da paisagem duriense que se apresenta larga a partir do alpendre, um dos lugares preferidos do casal, que agora é revelado ao público. Afinal, “o objetivo é que as pessoas usufruam da quinta como nós”.

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