Maria do Carmo aponta para o teto de um dos quartos do piso térreo da Carnot House para explicar que, há três anos, o cenário era bem diferente. A estrutura estava a ruir, tais não tinham sido os anos em que o edifício fora votado ao abandono. Enfermeira de profissão, na verdade já conhecia a casa por dentro, por outras circunstâncias da vida. Quando quis abrir, com a filha Diana, um projeto destes, cruzou-se de novo com o edifício e avançou com a
compra e restauro.

(Fotografia de André Areias/DR)
O prédio data de início dos século XX – os registos mais antigos referem que em 1930 já existia ali uma casa que, pela sua configuração, seria de gente com algumas posses. A premissa foi recuperar tudo quanto possível, daí que as portas dos quartos sejam as originais e haja candeeiros, móveis e objetos aproveitados. Esse trabalho foi feito por pelo atelier de arquitetura de interiores Às Duas por 3, também de Setúbal.
- Fotografia de André Areias/DR
- Fotografia de André Areias/DR
Os quartos, suítes e apartamento foram batizados com nomes de aves do Estuário do Sado: cegonha, flamingo, garça, falcão, coruja, perdiz, gaivota e andorinha. Em alguns, pisa-se ainda as tábuas de madeira originais. A decoração é toa em tons de azul e casa bem com o mobiliário prático e moderno. E há alguns segredos, como um pátio nas traseiras com vegetação endémica da Arrábida e um terraço, acessível pela sala, com vista para uma das mais preservadas parcelas da muralha quinhentista de Setúbal.
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