A Adega do Fogo é um refúgio com história entre vinhas e vulcão

A piscina da Adega do Fogo fica virada para o vulcão do Pico. (Fotografia: DR)
Uma antiga adega produtora de aguardente, a norte da mais jovem ilha açoriana, é agora uma luxuosa casa de férias, com vista para o vulcão e para as vinhas da ilha do Pico. A Adega do Fogo é um refúgio paradisíaco, com petiscos locais.

A imagem onde cabe o vulcão, que parece emergir de um manto verde, e as vinhas, abraçadas pelos muros de pedra vulcânica que marcam a paisagem picarota, são presença quase constante – e sempre arrebatadora – na Adega do Fogo, uma “casa de férias de luxo”, no norte da ilha.

Foi amor à primeira vista aquilo que Benedita Branco sentiu quando, há cerca de cinco anos, descobriu as ruínas desta antiga adega onde se produzia aguardente, no Cabrito, freguesia de Santa Luzia, na vila de São Roque do Pico. Por estar em zona classificada pela UNESCO como Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, edificar nunca foi opção, pelo que se recuperou a casa, integrada numa área de 4.500 m², que é agora alugada na sua totalidade a grupos de até 12 pessoas.

Vista aérea da propriedade. (Fotografia: DR)

Os quartos são seis, de interiores sóbrios e elegantes, pontuados pelo uso da madeira, complementada pelo negro da pedra e o branco das paredes, dos atoalhados e dos lençóis. Estão equipados com chaleira, mini-bar, televisão, coluna de som, produtos de higiene da portuguesa Oliófora e salamandra para fintar as noites mais frias.

Detalhes de um dos quartos. (Fotografia: DR)

A Adega do Fogo apresenta seis quartos. (Fotografia: DR)

O conforto está garantido, mas vale a pena abandonar o quarto, sobretudo para um mergulho na piscina de água salgada aquecida, com vista para o vulcão, relaxar na sauna ou provar as especialidade picarotas, como as lapas, o pão de milho, a molha de carne, a albacora no forno ou o estufado de lulas à picarota. São preparadas por cozinheiras de mão cheia da terra, e servidas na sala de jantar, onde estava um dos quatro alambiques.

Não há certezas quanto à data de construção do edifício, mas sabe-se que seria umas principais destilarias da Zona Norte, com produção de licores e aguardente. Foi essa memória que a empresária natural de Aveiro, mas a viver no Pico há quatro anos, decidiu preservar, quer no “adega” presente no nome – do Fogo porque “o alambique é fogo, o vulcão é fogo” -, quer na decoração.

Os vetustos garrafões de vidro que outrora guardaram aguardente, dão agora vida aos candeeiros da sala de estar, as vigas em madeiras e as pedras das janelas dos quartos foram recuperadas. Já as antigas pipas ganharam a função de mesas de apoio na piscina.

Dos quatro alambiques que existiam ficou um, que Benedita espera que possa voltar a destilar em breve, e animar os serões dos hóspedes, tal como antigamente. Como quando, após a jornada de trabalho, as pessoas se juntavam a comer e a bailar a Chamarrita, um dos últimos bailes espontâneos do país.

A adega. (Fotografia: DR)

A piscina. (Fotografia: DR)

Ainda que, para já, não haja produção de aguardente, é possível aprender a coreografia da Chamarrita com músicos da ilha, que tocam viola e ensinam as mudanças coreográficas, proporcionando um serão repleto de alegria. Tão memorável, afinal, como a própria ilha do Pico.

Mais experiências
Passeios de bicicleta, massagens, manicure e pedicure, provas de vinhos e de aguardente, idas à pesca, viagens para ver baleias e percursos pedestres são outras das experiências proporcionadas pela Adega do Fogo.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend