As renascidas noites de Braga são noites de rock’n’roll

As renascidas noites de Braga são noites de rock'n'roll
A cidade que viu nascer os Mão Morta e toda uma cultura musical alternativa, já não abdica da sua vida boémia. Há cada vez mais sítios para beber um copo, ver música ao vivo e dançar em Braga. Mas nem sempre foi assim.

 

Conhecida tradicionalmente como a «cidade dos arcebispos», Braga é hoje mais profana. A herança da contra-cultura musical dos anos 1980 e 90 ainda se faz sentir, com dezenas de bandas locais a sobressair no panorama da música nacional. Mas apenas nos últimos cinco anos é que a vida noturna tem ganhado expressão, com muitos bares a abrir na zona histórica, nas imediações da Sé Catedral. Se antes pouca gente se aventurava por ali à noite – a zona era pouco iluminada e, há quem diga, mal frequentada -, hoje, o coração do centro histórico é mais que convidativo a passeios noturnos. Durante a Capital Europeia da Juventude (2012) começou a moda de se frequentar os cafés da Sé. Moda que se estendeu noite fora.

Um dos responsáveis pela atual boémia bracarense é o Sé La Vie. Foi o músico Filipe Palas, dos Smix Smox, Smux, e Xana Haulsen que abriram o espaço em março de 2015. Por aqui, ouve-se principalmente rock – em discos e ao vivo. Frequentado por estudantes, professores universitários, alunos de Erasmus, turistas e curiosos, consegue juntar todos os amantes de música e é palco para as muitas bandas da cidade e não só. A música é para ser acompanhada com diversas cervejas especiais estrangeiras, principalmente alemãs e belgas.

 

 

Algumas portas ao lado está o igualmente irreverente Mal Amado, aberto desde 2016. É sítio para se visitar antes ou depois de um concerto no Sé La Vie. Está a tornar-se destino obrigatório para os apaixonados pelo indie rock e pelas cervejas artesanais. Nas paredes há imagens de mitologia pagã, que pontuam com originalidade o ambiente industrial do bar.

Na Rua de São João, a dois passos, estão dois outros espaços imperdíveis da noite bracarense, unidos pelo conceito de revivalismo. No Setra também se junta quem gosta de música – há concertos de rock, indie, blues – e cocktails em ambiente que lembra uma sala de estar antiga. No discreto Pelle, o revivalismo vai mais longe. Este bar que não está – nem quer estar – nas redes sociais tem nas paredes uma homenagem às artes gráficas portuguesas, com vários cartazes. Na outra sala, que só abre aos fins de semana. há música ao vivo.

Daqui pode chegar-se rapidamente ao Destilado, para se conhecer os cocktails propostos por Simão Vilaverde. O rock – do mais vintage ao mais contemporâneo, acompanhado pelo funk e pela soul – também aqui comanda os passos de dança. Todos os fins de semana (sextas e sábados) há Dj’s convidados e atrás do balcão, Simão desmistifica as bebidas que serve. Porque os cocktails não têm de ser para um público elitista. E a boémia é democrática.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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