Um refúgio para descobrir o design no Porto

Um refúgio para descobrir o design no Porto
Design contemporâneo português e estrangeiro, com marcas novas a serem reveladas, convive com uma experiência de 50 anos no comércio de madeiras e revestimentos para arquitetura e decoração. Na Banema Studio, no Porto, as gerações estão em harmonia.

No interior da bonita loja da Rua de Adolfo Casais Monteiro, o difícil é escolher onde pousar primeiro a atenção, entre as muitas peças e móveis de design contemporâneo. Como os desconcertantes candeeiros do italiano Davide Groppi ou peças de designers portugueses, onde se enquadram os utensílios em madeira da portuguesa Rival e os objetos da UTIL.

Com o enorme mural em macramé (criação do artesão Barbudo Aborrecido) numa das paredes e todas estas peças de traços desafiadores, parece um espaço dedicado ao inteiramente novo e, contudo, pertence a uma empresa familiar com 50 anos. Mas na Banema Studio, não há conflito de gerações.

A venda de madeiras, com fábrica e exposição em Rebordosa (Paredes), foi evoluindo para uma especialização em revestimentos, mercê da procura dos materiais por arquitetos e decoradores. E da necessidade de ter um espaço mais central para os clientes nasceu esta loja 2-em-1 no Porto, explica Dulce Neves, que trabalha na empresa fundada pelo sogro.

A loja pop up da editora Gestalten. (Fotografias: Rui Oliveira/GI)

Dulce Neves trabalha na empresa fundada pelo sogro.

É 2-em-1 porque tanto serve o público especializado em arquitetura e decoração que procura revestimentos em madeira – e os pode ver na exposição no mezanino -, como quem vai à procura de uma peça bonita para a casa ou para oferecer. Ou ainda quem quer conhecer criadores e criações do design nacional, que ali se misturam e conjugam harmonisamente com peças de criadores estrangeiros.

Há recantos que simulam salas de estar, onde se exibem as peças maiores como móveis ou candeeiros. E há prataleiras onde se alinham peças mais pequenas, como utensílios para vários fins, peças decorativas em cerâmica e vidro, artigos em papel e cartão, ou ainda a seção de cosmética e aromas. Nela, encontram-se também marcas nacionais, como a Amor Luso, e estrangeiras.

E como as gerações ali estão em amigável convivência, serve de balcão uma antiga mesa de marceneiro que veio de Rebordosa. E há peças de barro de preto da Bisarro Ceramics, uma marca empenhada na revitalização da olaria de Bisalhães, em Vila Real.

Os preços das peças variam muito, com uma tesoura Hay a custar 15 euros e uma cadeira da marca innput a chegar aos 553 euros. “Todas as marcas são sustentáveis, procuramos colocar aqui marcas com responsabilidade social”, refere Dulce Neves, a curadora que descobre e leva constantemente novas marcas para a Banema.

 

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