Chapelaria Centro da Moda
Chapéus à Johnny Depp
É com naturalidade que José Baião reage quando lhe pedem um chapéu à Johnny Depp ou um boné à Brad Pitt. Acompanha as modas, para prestar melhor serviço aos clientes. Sabe bem quem dita tendências e o que favorece cada pessoa, consoante o rosto, a cor dos olhos, o estilo. «Um chapéu eleva o visual, marca a diferença, mas tem de ter critério», alerta. O negócio começou com o seu avô Francisco e já vai na quarta geração.
Na montra da loja anuncia-se, em inglês: «chapéus feitos à mão no Porto desde 1897». Não que andem por ali muitos turistas, mas foi a pensar neles que, no ano passado, criou a marca Porto Hats, de chapéus 100% artesanais e com edições limitadas. Só cerca de 10% dos chapéus que vende são de fabrico próprio; os restantes são, essencialmente, de duas marcas centenárias de que é representante: a americana Stetson e a alemã Mayser.
Os chapéus de feltro disponíveis são feitos de lã, pelo de coelho ou pelo de castor. José lá está para ajudar a escolher e para ensinar – seja a pôr um chapéu ou a perceber a utilidade de instrumentos como o conformador, que permite fazer um exemplar à medida exata da cabeça, «como um blazer no alfaiate.»
Sítio do Vinho
Paixão e provas
José Madureira dedicou quase 40 da sua vida ao vinho, «trabalhei na exportação, fui consultor de produtores…», conta. Por isso, «o difícil é não ter uma história a propósito de tudo ou de nada», reconhece. Quando terminou a carreira decidiu não ficar parado e avançar com uma ideia antiga: abrir um lugar «onde o vinho é paixão». Além de garrafeira funciona ainda como Clube de Vinhos, onde a cada passo se juntam os sócios para provar as novas referências que José seleciona para a loja, na companhia de bons queijos e enchidos. Todos são bem vindos a entrar para o clube e fazer parte destas tertúlias vínicas, ou simplesmente passar pela loja e contar com a ajuda de José a escolher o melhor vinho para cada ocasião.
Mundo dos Tutus
Tudo para balé
Quando há um recital de bailado em alguma das escolas de dança das redondezas, é provável que seja Carla Machado a costureira responsável pelo guarda-roupa. Em 2014 abriu uma loja no Centro Comercial das Antas onde se encontra «tudo o que for necessário para o ballet clássico», garante. Apesar do seu grande interesse serem as danças de salão deixou-se apaixonar pelo bailado. «Gosto muito de ver, e sem querer acabei por me especializar na área», conta. Na loja há sapatilhas, tutus, collants, e destaca-se ainda por uma forte oferta de acessórios para os bailarinos masculinos, que o mundo do ballet não é só para meninas.
Brâmica
Oficina e escola
Na recatada rua de Santo Isidro Teresa Branco criou «um espaço onde as pessoas podem ser criativas». As bancadas da oficina estão prontas a receber quem ali queira fazer a própria peça de cerâmica, com o acompanhamento de Teresa, que há mais de 30 anos se dedica à arte. A Brâmica nasceu há três anos, altura em que a ceramista decidiu criar um lugar de aprendizagem, e que serve ainda como expositor para os seus próprios trabalhos. Uma espécie de galeria, agraciada por grandes entradas de luz, que a qualquer hora do dia banham a sala de um ambiente caloroso.
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