Em Vila do Conde, a Pára!Bento é muito mais do que uma mercearia de bairro

Mercearia Pára-Bento, em Vila do Conde. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
Pára! Bento vende produtos do dia a dia, frutas, legumes, café, pão, queijos e enchidos. Além disso, ao final do dia, é ponto de encontro para uma pausa depois do trabalho.

De manhã, chegam à procura do café e do pão quente, depois vêm os da mercearia, a meio da tarde ganha a venda de frutas e legumes e, ao fim do dia, juntam-se amigos para um copo de vinho, entre queijos e enchidos. A Pára! Bento é mercearia, padaria, charcutaria, frutaria, garrafeira, café e wine bar, num espaço pequeno, “de bairro”, que Marta Ágoas quer que seja uma espécie de extensão da sua casa. Aos 42 anos, a engenheira agrónoma lisboeta que, durante 20 anos, fez quase tudo na área dos vinhos, lançou-se num desafio na Vila do Conde que, há 12 anos, escolheu para viver.

“Queria outro estilo de vida, mais calmo. Precisava de me reinventar”, diz Marta. Na Pára! Bento, que abriu portas a dois dias do Natal, juntou tudo o que gosta ao que lhe fazia falta no “bairro”. Depois, foi-se “adaptando aos clientes”, com “abertura para ouvir”, num espaço que quer tudo menos estanque. É um “dar e receber” que, conta, está a funcionar e bem. “Se pedem e não tenho, vou descobrir e passar a ter”, garante, sorrindo.

As únicas premissas são a qualidade dos produtos e um serviço “mais humano”. E provar? “Pois, com certeza. Seja enchidos, fruta, queijo ou vinhos, como é que o cliente pode saber se gosta?”

Nas prateleiras há, por exemplo, arroz comum, mas também biológico. Há bolachas mais “normais” ao lado de artesanais, biológicas, vegan e sem glúten. Há patés franceses, conservas espanholas e portuguesas. Os frescos vêm dos campos de masseira de Aguçadoura e as frutas de um produtor local. O pão chega duas vezes por dia. Há produtos regionais e, na charcutaria e queijos, uma seleção invejável de italianos, holandeses, espanhóis e portugueses.

Os vinhos são outro dos fortes. Seja para beber a copo (a partir de 2 euros) com uma tábua de queijos (15 euros para duas pessoas, com queijos, pão, doce, frutos secos e frescos) ao final do dia, seja para levar para o jantar, dos mais comuns aos franceses, italianos, espanhóis e até neozelandeses.

“Nós não temos esse hábito de pausa no fim do trabalho, como tem a Inglaterra ou a Espanha, mas a verdade é que as pessoas gostam e já se tornou até um espaço de convívio, com americanos e franceses à mistura – os ‘novos moradores’ de Vila do Conde. Como o espaço é pequeno, acabam todos a partilhar a mesa”, diz, satisfeita.

O nome vem precisamente desse trocadilho, entre a Bento avenida e o vento (que em Vila do Conde é constante e que faz a lisboeta abrir o sorriso) tornando-se “bento”. Depois, a ordem é parar. Seja o vento ou o tempo, numa pausa para respirar.

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