Feira Nacional do Mirtilo regressa a Sever do Vouga ao vivo e online

O mirtilo é o produto-estrela de Sever do Vouga e tem honras de feira. (Fotografia: DR)
Depois de um ano de interregno causado pela pandemia, a Feira Nacional do Mirtilo está de regresso à vila de Sever do Vouga (distrito de Aveiro), conjugando iniciativas ao vivo e online. Em destaque, como sempre, estará este fruto, produzido por centenas de produtores no concelho.

A 13.ª edição da Feira Nacional do Mirtilo vai acontecer no Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga no próximo fim de semana de 26 e 27 de junho, num formato adaptado às contingências ainda impostas pela pandemia. O mesmo é dizer que, além das atividades com presença de vendedores, artesãos e público, haverá outras a decorrer em paralelo, online. A entrada é gratuita.

No evento da chamada “capital do mirtilo”, os visitantes poderão comprar e provar esta baga e os seus derivados, como compotas, licores, doces, gelados, infusões e outros produtos, apresentados por duas dezenas de produtores. Presentes vão estar também artesãos exclusivamente do concelho, por decisão do município, “atento às dificuldades que a pandemia provocou”.

Já entre as alterações ditadas pelo respeito das normas sanitárias contam-se a animação de rua, que se distribuirá pelas ruas da vila e pelo recinto da feira (em vez de fomentar ajuntamentos como noutros anos), e a manutenção da apanha do mirtilo por parte dos interessados, sujeita a inscrições limitadas. Não haverá, contudo, sessões de cozinha ao vivo nem área infantil.

As “palestras técnicas” acontecerão, por sua vez, online, um meio onde o município de Sever do Vouga está, de resto, a apostar com a criação de uma plataforma onde os produtores do concelho possam apresentar e vender os seus produtos. No referido website, além da loja online, encontram-se informações acerca da feira e do mirtilo, que desde há décadas fomenta uma economia circular de baixa pegada ecológica.

Segundo o município, o mirtilo foi introduzido no país, no concelho de Sever do Vouga, em 1990 pela mão de técnicos holandeses da Fundação Lockorn, que possuía uma relação comercial com a Cooperativa Agrícola de Sanfins. Constatado que o território reunia o tipo de solo e microclima ideais para a produção da baga, desenvolveu-se a primeira experiência-piloto. Em 1994, foi criada uma sociedade para ajudar a escoar e promover o mirtilo.

A primeira feira do mirtilo teve lugar em 2008, fruto de um projeto com entidades nacionais e internacionais. Hoje, “a cultura do mirtilo está espalhada de norte a sul do país”, onde se estimam existir “perto de 2 mil hectares de produção deste fruto”, lê-se no website.




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