Coimbra: loja de conservas homenageia Torga e Saramago

A Comur – Conserveira de Portugal inspirou-se na Biblioteca Joanina para abrir esta loja, cuja grande riqueza são as enguias, sardinhas e outros peixes em latas de design arrojado.

A loja que a Comur – Conserveira de Portugal abriu em Coimbra, em agosto passado, e é uma homenagem à chamada cidade do conhecimento e aos escritores portugueses. Conservas e livros juntam-se de forma mais evidente num canto reservado à degustação, que tem em fundo obras de Miguel Torga, ou não estivéssemos no Largo da Portagem, onde o escritor e médico teve consultório. Representados estão também outros autores portugueses, como José Saramago, Fernando Pessoa ou Florbela Espanca. Há que erguer os olhos para os localizar.

Olhar para cima é um gesto natural, mal se entra neste estabelecimento com entrada ampla, tons dourados e passadeira vermelha, inspirado na Biblioteca Joanina, considerada a joia da coroa da Universidade. Só que destas estantes espreitam latas de design arrojado, com diferentes peixes e moluscos, por valores a partir de cinco euros. A casa tem uma decoração cheia de pormenores, que inclui motivos náuticos, referências a Portugal e aos livros, da fachada ao teto. É tudo parte da «magia» que a Comur procura criar nas suas lojas, conta Paulo Moreira, gerente da empresa e responsável financeiro do Grupo Valor do Tempo, que a detém.

O «produto de excelência» daquela empresa da Murtosa, fundada em 1942, é a enguia, mas a oferta vai muito além disso. Na loja de Coimbra encontra-se a coleção «Mar Português», que abrange 17 tipos de peixe, como corvina, peixe-espada, linguado fumado ou bacalhau assado, em latas com efemérides ligadas aos Descobrimentos e riscas coloridas a lembrar as casas da Costa Nova. Foi lançada no final do ano passado, pelo 75.º aniversário da Comur.

Disponível está também a coleção «Valor do Tempo», de sardinha, cujas latas exibem datas de 1916 a 2018 e têm associados acontecimentos históricos e nascimentos de personalidades ocorridos no respetivo ano. E, como a sardinha é o “ouro português”, há ainda os “lingotes de ouro” – latas douradas que contêm filetes de sardinha em azeite, sem pele nem espinha, com flocos de ouro comestíveis. Uma riqueza.

Na Comur «tudo é feito manualmente», explica o gerente, Paulo Moreira, adiantando que a «qualidade» do produto e as «mãos das mulheres da Murtosa» são fatores distintivos.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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