Lisboa: nova Almedina é casa de livros e histórias

A abertura de uma livraria é, por si só, notícia. É mais comum falar-se do fim do que do início de uma livraria. Neste caso é uma continuação.

A nova Almedina Rato, na rua da Escola Politécnica, continua a história da casa fundada por Joaquim Machado, em Coimbra, no ano de 1955. Continua também outras histórias – como a dos vitrais nascidos neste espaço entre os anos 1930 e meados de 1970, na então Oficina de Vidro e Mosaicos de Arte Ricardo Leone.

Desta afamada casa – foram aqui fabricados, por exemplo, os vitrais para a Igreja de Fátima em Lisboa, de Almada Negreiros – restam agora histórias, móveis e objetos que a Almedina teve o carinho de preservar e deixar em evidência: mesas de trabalho, recipientes, gavetas de tipos, armários, um cofre, um forno patenteado e até a secretária do escritório original. É por isso que a loja, um dos ocupantes do complexo da antiga Real Fábrica das Sedas construído em 1741, é uma livraria-museu, que convida os leitores a passear pelas salas e recantos.

Além dos títulos da área tradicional da editora, o Direito, a livraria orgulha-se da seleção que aqui chama «bons leitores». Podem não estar cá títulos comuns nos tops de vendas de outras livrarias, mas o que aqui está foi escolhido com o mesmo critério que marca as outras lojas, em Lisboa (5), Coimbra (3), Porto (2) e Braga. Os livros estão sempre bem acompanhados, pelos livreiros, também eles leitores.

Em dois meses de funcionamento, já conquistou clientes regulares, entre eles, estrangeiros, em especial franceses, que residem permanentemente nesta zona da cidade. E por isso que o cicerone desta visita, Edgar Santos, acredita que a literatura em língua estrangeira venha a ganhar espaço nas prateleiras.

Escondida num recanto, entre portas e janelas antigas, está uma zona para os mais novos com alguns dos melhores títulos de um mercado que é dos que mais cresce no mundo livreiro. Livros para crianças, que piscam o olho aos adultos, que os compram também para eles. E o pequeno jardim nas traseiras, que tem sido usado pelo restaurante do piso superior (mas para o qual há planos, assim que o tempo permitir) é uma das surpresas à espera de quem vier descobrir a nova livraria da cidade.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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