A Praça: há um novo mercado digital com mais de 700 produtos nacionais

Frutas, vinhos e legumes estão entre os produtos vendidos na Praça digital. (Fotografia: DR)
O novo projeto de retalho alimentar e restauração focado na valorização dos produtos nacionais já está online, mas vai ter um mercado de 1.700 metros quadrados no futuro Hub Criativo do Beato “com uma nova experiência de consumo”.

Mais de 140 produtores e de 700 produtos cem por cento artesanais ou orgânicos compõem, para já, a oferta d’A Praça, um novo projeto de retalho alimentar e restauração que vai nascer no futuro Hub Criativo do Beato, em construção em Lisboa. Até lá, A Praça vai funcionar em formato digital, com entregas ao domicílio de cabazes de frutas, legumes e tudo o que é necessário para encher uma despensa, na zona da Grande Lisboa, Sintra, Cascais e Setúbal.

Fruta, legumes, lacticínios, ervas aromáticas, queijo, carnes, enchidos, azeites, vinhos e produtos de despensa como arroz, conservas e até granola são alguns dos artigos que se encontram na Praça Digital, cujo funcionamento é em tudo semelhante ao de qualquer outra loja online. As entregas ao domicílio têm duas modalidades: a Praça Entrega (com entregas de terça a sexta-feira em vários horários) e a Praça Express, para entregas no próprio dia em qualquer ponto abrangido e mediante um custo fixo.

A loja online é uma antecâmara do mercado físico, que vai ocupar uma área de 1.700 metros quadrados num dos edifícios principais do Hub Criativo do Beato. Ali haverá “áreas exclusivamente dedicadas a cada sector”, com uma seleção de produtos de denominação de origem protegida (DOP) e biológicos de produtores nacionais”. Garantidos estarão também espaços dedicados ao azeite, charcutaria e queijaria regional, assim como uma adega (já há mais de 80 vinhos à venda, 30 deles biológicos).

Comprar e comer no mesmo sítio

“Vai ser uma experiência diferente, em que vai ser possível comer e comprar ao mesmo tempo. Os protagonistas são os produtos e os respetivos produtores”, explica Cláudia Almeida e Silva, desenvolvedora d’A Praça e com larga experiência no setor do retalho e no serviço ao cliente. E como foi fechar ao leque de produtores agora apresentados? “Começámos a correr o país à procura de produtos. Estávamos sedentos de produtos que já comiamos mas não conhecíamos. Eu própria descobri novos paladares”, reconhece.

Cláudia e a equipa rodearam-se das “pessoas que já sabem”, como o professor José Gouveia, do Instituto Superior de Agronomia, um dos maiores especialistas nacionais em azeites, exemplifica. “Tirámos um curso de azeites e descobrimos que não sabíamos nada de azeites”. Por isso, vai haver espaço e tempo para orientar as pessoas para um consumo mais balizado, quase como acontece com os vinhos, porque “um azeite pode ser bom para temperar um peixe mas não para uma salada”.

(Fotografia: DR)

Assumindo uma outra vertente mais informativa, ou cultural, A Praça também vai dar palco e voz aos produtores nacionais, qual “espaço contador de histórias”, para os clientes ficarem a conhecer a origem ou modo de produção dos produtos junto de quem, efetivamente, o faz. “Se as pessoas saírem de lá a saber mais sobre um produto, já fico contente”, diz Cláudia. Até o mercado abrir, pode-se ter um cheirinho desta componente no blog digital do projeto, que inclui textos sobre as regiões dos produtos, receitas e informações sobre os benefícios dos alimentos vendidos.

Em linha com a compra dos produtos, ali também se vai poder comer numa área de restauração com várias cozinhas, tudo com curadoria d’A Praça. Esta vai ser uma das muitas empresas já anunciadas para ocupar os espaços do Hub Criativo do Beato, presentemente em construção num conjunto de antigas fábricas e instalações militares desativadas, na frente ribeirinha oriental de Lisboa. “Será um dos maiores hubs de empreendedorismo na Europa com cerca de 50 mil metros quadrados distribuídos por 18 edifícios, estimando-se criar três mil novos postos de trabalho”, lê-se no website.




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