Vibe: esta nova cozinha de autor dá a volta ao mundo, em Lisboa

Um dos pratos do menu do Vibe. (Fotografia: DR)
No novo Vibe do chef italiano Mattia Stanchieri, no Chiado, uma chave dourada convida a abrir um baú de viagens. O menu, com opção vegetariana sob pedido, muda a cada quatro meses.

Descidas as escadas escuras, a sala forrada em madeira cortada em 3D num projeto do atelier Spacegram Studio mantém-se exatamente na mesma do que quando ali era o Nómada Chiado, com pequenos focos de luz sobre os tampos das mesas de mármore cor de tijolo. O resto, que é muito, mudou por completo. A cozinha japonesa deu lugar ao primeiro projeto a solo do chef Mattia Stanchieri, um italiano de 34 anos que antes de se lançar neste desafio passou pelo Da Vittorio (Itália) e Geranium (Dinamarca), ambos com três estrelas Michelin, e pelo Belcanto.

Nesta morada, escondida à vista de todos na Praça de Luís de Camões, Mattia concretizou um projeto mantido em lume brando há 17 anos, e no qual hoje verte o que aprendeu nas tantas e tão ricas experiências que somou pelo mundo. Um dos pontos altos foi ter cozinhado num hotel na ilha de Exuma, nas Bahamas, e ter conhecido tantas pessoas de diferentes países e culturas. A cada quatro meses, o Vibe compromete-se a alterar a geografia culinária do menu -algo que é motivador para a equipa de cozinha liderada pelo souschef James Thomas Walsh.

Previsivelmente, em setembro/outubro, os menus do Vibe focar-se-ão na gastronomia italiana. Até lá, propõem um mergulho na cozinha Cajun e Crioula, típica de Nova Orleães e do estado do Louisiana, nos EUA, e com influências francesas, africanas e indígenas. No formato Easy Peasy, o menu traz cinco momentos; enquanto no The Big Easy são sete; ambos com maridagem alcóolica à parte. Os vinhos, muitos deles do Velho Mundo, são escolhidos a dedo por Justin Holman, sommelier do Sr. Uva, e os cocktails assinados pelo bar Quattro Teste.

Mattia Stanchieri aborda o “fine dining” de uma perspetiva escandinava, em virtude da sua passagem pela Dinamarca, e apresenta pratos como ostra Rockefeller (gratinadas e com molho de manteiga, salsa, pão ralado, agrião e queijo de São Jorge); e Griot, um prato haitiano, aqui à base de porco preto, molho de laranja, picles, puré de cenoura assada e grelos. Explorando os produtos portugueses, o chef termina com um gelado de casca de banana da Madeira fermentada com vinho Carcavelos, donut de chocolate e sorbet de praliné de avelã.

 

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Mapa da ficha ténica
Morada
Rua Horta Seca, 5B (Chiado), Lisboa
Telefone
965 522 749
Horário
De quarta a domingo, das 19h às 00h. Encerra segunda e terça.
Custo
(€€) Menus a 75/90 euros (5/7 momentos); harmonização vínica a partir de 55 euros.

Website

GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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