À entrada, há serviços de chá em porcelana inglesa, bules japoneses pintados à mão, latas de papel para guardar chá, louça Bordallo Pinheiro, tigelas para servir o matcha (esse chá verde do Japão que exige todo um ritual). Está tudo à venda. E na carta, em português e em inglês, explica-se a origem e os ingredientes de cada chá que se serve à mesa. São cerca de sessenta, do chá branco de limão e gengibre a infusões de mirtilos e cerejas, chás da Índia e do Japão, servidos em bules e em chávenas da Costa Nova.
O chá foi o motor da mudança e do negócio. Sandra Branco deixou o design, embora mantenha o jeito para a arte nas decorações que vai criando. Sónia Amaro abandonou a profissão de contabilista e dedicou-se a outras contas. «Estávamos cansadas do stress, gostávamos de chá e, na altura, não havia nada do género em Aveiro», conta Sónia. E a loja abriu numa casa branca com rodapés amarelos e esplanada numa praça.
«É uma casa de chá simplificada», descreve Sandra. Simples e discreta com luz natural que entra pelas janelas e pelas partes envidraçadas do teto. Além da vasta oferta de chás, as duas amigas servem scones, biscoitos artesanais de caramelo e flor de sal, bolos caseiros, sanduíches, saladas, granola artesanal com fruta, waffles, crepes, sumos naturais, tostas com queijo de cabra, abacate, tomate e mel. Tudo feito na hora. E a carta nunca está fechada, adapta-se aos gostos dos fregueses. «Vamos mudando, vamos ouvindo o que os clientes gostam mais, gostam menos, e fazendo alterações», conta Sandra.
Sandra e Sónia gostam de lembrar que todos os chás têm cores. No final do ano passado, criaram uma linha própria de infusões biológicas feitas em Portugal com o nome Rota das Cores. São nove por enquanto, de cidreira, tília, lúcia-lima, entre outros. Durante este ano, querem criar uma linha de especiarias também biológicas e portuguesas. Projetos cheios de cor – e de sabor.
Longitude : -8.653346300000067
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