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Tú Taquería Wey: uma festa de comida mexicana sem cerimónias, em Coimbra

A ementa desta casa de tacos é curta, assente na frescura dos produtos. (Fotografia de Maria João Gala/GI)

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Ciro Costa lembra-se de ser miúdo e já ter gosto pela cozinha – um gosto que tratou de afinar, acumulando formação e experiências na área, até abrir o seu restaurante, em Coimbra. Chama-se Tú Taquería Wey, a casa de tacos que montou ao regressar a casa, após ter vivido e viajado pelo México. “Quando cheguei lá, os tacos foram a primeira coisa que comi. Pensei: como é que não há disto em Coimbra? Não havia nenhuma taquería”, recorda. Decidiu então pôr mãos à obra, com ideias claras sobre o que desejava, da ementa (curta, assente em ingredientes frescos) ao logotipo (ousado e, ao mesmo tempo, algo kitsch). A Tú Taquería Wey foi inaugurada no fim do ano passado, pouco antes do Natal.

O cuidado com os pormenores é notório, da decoração (com elementos coloridos e plantas) aos aventais da equipa (que apresentam o dia da semana correspondente), culminando no nome. “Os mexicanos usam [a palavra] wey para tudo; quer dizer puto, mano, comparsa”, explica Ciro. E proximidade é uma palavra-chave naquela casa, de ambiente informal, onde se convida os clientes a explorar as salsas (molhos) e a comer os tacos com as mãos, “para apanhar as diferentes camadas de sabor”. “No México, os tacos são uma festa, porque se põe tudo lá para dentro: pele de porco, abacate, salsas…”, descreve. Levam todo o tipo de recheios, e tanto servem de refeição ao jantar como ao pequeno-almoço.

A esplanada.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Ciro quis transportar para ali a boa disposição e o acolhimento dos mexicanos, que “vivem as 24 horas do dia”, sabem desfrutar das coisas. E isso reflete-se na cozinha, aberta das 19h30 às 23h e, sexta e sábado, até à meia-noite. Por agora, há quatro tacos: o taco cochinita pibil, com perna de porco marinada em citrinos e achiote (pasta mexicana com uma mistura de especiarias), fumada e assada a baixa temperatura, até quase se desfazer; o taco bírria, com carne de vaca estufada em cerveja durante cinco horas; o taco de tamboril, que leva esse peixe em tempura com mayocrema de abacate; e o taco vegano, com base de feijão refrito, acabado de chegar.

A torta de cochinita.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Nova na carta é também a torta de cochinita, sendo que ali a carne vai em pão brioche. É entrada ou prato principal? “Pode ser prato principal”, responde Ciro. “Aqui, não há regras: há quem chegue às 23h para comer guacamole, quem peça os tacos todos e quem fique mais pelas entradas.” Nestas últimas incluem-se, por exemplo, o chili, as quesadillas chipotle e camarão (outra novidade) e o aguachile à moda de Sinaloa (camarão cozinhado em lima e raspa de lima, pepino, abacate e coentros). É um espaço pequeno, que não aceita reservas. Basta aparecer. Há tequila, mezcal, cocktails, esplanada e acesso livre a animais de estimação.

A cozinha funciona pelo menos até às 23h.
(Fotografia de Maria João Gala/GI)

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