Três sopas do mundo para provar em Lisboa

Casa Nepalesa. (Foto: Paulo Spranger/GI)
Da sopa de cabrito nepalesa, com um ingrediente raro dos Himalaias, à rainha das sopas tailandesas e aos caldos coreanos, três sugestões para provar boas sopas do mundo em restaurantes em Lisboa.

CASA NEPALESA | LISBOA

Sopa de cabrito nepalesa

Chama-se Bakhra Ko Maasu Ko Jhol Ra Yarchagumba, mas é preferível explicar que se trata de uma sopa de cabrito cozinhado em fogo lento durante seis horas, numa homenagem do chef Tanka Sapkota ao prato que a mãe, Kalawati, cozinhava para si desde pequeno, no Nepal. Ainda hoje, quando alguém está constipado em casa, é esta sopa que fazem. “Cura tudo”, ri-se o chef da Casa Nepalesa, que viu a sua carta reforçada no ano passado com este caldo aconchegante, mas numa versão reinventada.

A sopa de cabrito da Casa Nepalesa. (Fotos: Paulo Spranger/GI)

A começar pelos três momos (espécie de dumplings recheados com frango e porco-preto) que inclui nesta sopa onde se usa cabrito transmontano DOP e toques de gengibre e outras especiarias. Mas o que dá nas vistas é o yarchagumba, um fungo que só existe nos Himalaias, onde nasce entre 3000 a 5000 metros de altura. Uma relíquia autêntica, já que o seu valor por quilo parte dos 40 mil euros. Nesta sopa, o fungo é raspado no topo, e o valor do prato varia conforme se queira adicioná-lo ou não (9,95€ sem, 79,95€ com).

O yarchagumba, fungo raro dos Himalaias, é raspado em cima da sopa.

“Quis criar uma sopa especial, deixar a minha marca e divulgar não só um produto tão raro em Portugal, como também o Nepal e a minha cultural”, explica Tanka, que lidera outras casas de sucesso como o Come Prima, Forno D’Oro e Il Mercato. Os sabores apurados, além das seis horas ao lume, partem também do caldo de carne desta sopa, que leva 16 horas a terminar. “A minha cozinha, no geral, é de fogo lento”, conta o chef, que se prepara para incluir um prato de javali no Come Prima que demora 30 horas a confecionar. Já se sabe, devagar se vai ao longe.


BOA-BAO | LISBOA

Jjampong

O arranque do novo ano coincidiu com a chegada de um menu dedicado à Coreia do Sul no pan-asiático Boa-Bao, tanto na Invicta como na capital. A boa notícia é que estes pratos estão de volta ao menu a partir de 7 de fevereiro. Uma das estrelas coreanas é a Jjampong (14,5€), uma sopa de noodles com caldo vermelho e picante, aromatizada com gochugaru (um pó de malagueta) e nashi (a pêra coreana), que terá sido levada para este país pelos imigrantes chineses, e depois adaptada pelos locais.

A sopa coreana do Boa-Bao. (Foto: DR)

No Boa-Bao, a pasta que dá sabor ao caldo é feita todos os dias, combinando gochugaru (pó de malagueta), gochujang (pasta de malagueta fermentada), nashi (pêra coreana), molho de soja, pepino, vinagre, sésamo e alho. Depois é juntar uma seleção de mariscos, como amêijoas, mexilhões, camarão-tigre, lingueirão, lulas ou o que houver de mais fresco no dia, os noodles, ovo cozido macio e julianas de pepino, pêra e rabanete em vinagre.


SOÃO | LISBOA

Tom Yum

É uma das principais bandeiras da gastronomia tailandesa e resume algumas das maiores características desta cozinha: aromática, fresca e picante. Há muito que o mundo já se apaixonou pela tom yum, a mais popular sopa tailandesa, aqui criada pelo sous-chef Buranet Pornthep, de nacionalidade tailandesa e com passado em restaurantes como o São Gabriel (detentor de uma estrela Michelin) e Thai Garden. Com portas abertas há quatro anos em Alvalade, o Soão – Taberna Asiática tem duas variedades na sua carta (14,5€). Em ambas, o prato é composto por massa de arroz e recebe o tempero de ingredientes como a erva-príncipe, lima kaffir, malaguetas e cogumelos. Para breve estão reservadas novidades, nomeadamente a nova carta assinada pelo chef João Francisco Duarte.

Uma das duas variedades de tom yum do Soão. (Foto: DR)

A opção kung é adornada com camarão, fiel a uma tom yum mais tradicional, mas também se pode colocar frango, como na versão gai. Quem quiser provar outras sopas neste asiático da capital, também conta com a clássica vietnamita pho e a tom sapp ped, com massa de arroz e à base de pato, original dos vizinhos e fronteiriços Laos e Tailândia.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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