Quando Nala foi abandonada, Inês Beijinha e Tomás Silva acolheram-na temporariamente, acabando por se enamorar dela. Hoje, a cadela é uma espécie de relações públicas do pet café Tia Beijinha, que o casal abriu, no início de março, em Coimbra. “A Nala é a melhor amiga dos clientes, sobretudo se tiverem amendoins”, graceja Tomás. Este espaço descontraído, que as pessoas podem frequentar com os seus animais de estimação, fica numa antiga mercearia e continua a funcionar como tal, em parte, porque vende guloseimas para os bichos, coleiras, bandanas e outros acessórios, além de ser café e snack-bar.
Quem quiser assistir a um jogo de futebol ou petiscar na companhia do melhor amigo encontra no Tia Beijinha tostas, bolinhas de carne, patês de azeitonas e de tremoços, mas também saladas e um menu do dia feito com “o que for mais fresco”. À sexta, há sopa da pedra e red velvet; chamam-lhe a “sexta do amor”, porque a mesa adquire tons vermelhos. Para os bichos existe sempre água à disposição, biscoitos e argolas para prender as trelas. A casa é visitada sobretudo por cães, mas também já ali estiveram gatos e um porquinho-da-índia – são todos “sobrinhos” da Tia Beijinha, nome por que ficou conhecida Inês, quando fazia petsitting.
Inês, que é alentejana, rumou a Coimbra, terra de Tomás, para estudar Engenharia Civil. Entretanto, percebeu que não era esse o seu caminho, fez um curso de auxiliar de veterinária, trabalhou como petsitter e uma coisa levou à outra. Claro que ambos adoram animais, e fazem questão de ajudar a encontrar casa para os menos afortunados. Por isso têm expostas fotografias de cães para adoção do projeto “Be my friend”, de João Azevedo.
Limonada solidária
A cada mês, metade do valor da limonada reverte a favor de uma associação de defesa dos animais. E é provável que os limões venham da vizinhança, que aquele é um sítio onde se conhece pessoas (e mascotes) pelo nome.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.