O plano era este desde o início. O «b» de «burger» já fazia parte do nome, mas também o «b» de «beef». Dois anos e meio depois de abrir portas no Chiado, a hamburgueria The B Temple alarga a sua oferta e passa a apostar, também, nas carnes maturadas, grelhadas em carvão vegetal. «Sempre quis apostar nas carnes maturadas, mas queria que a casa crescesse e amadurecesse um pouco primeiro», conta o proprietário Zahari Markov, búlgaro a viver em Portugal há 25 anos, e o ex-dono das 24 lojas da ColchaoNet.
Neste novo leque de propostas do B Temple, há cinco variedades de carne maturada, sempre acompanhadas por batata-frita e salada: o chuletón de boi Rubia Galega, a mesma raça usada para um dos bifes da vazia, sendo o segundo Black Angus; e dois cortes de porco preto, aqui apostando na proteína animal nacional. Trata-se da costeleta e do cachaço. «Quis apostar no porco preto porque não é um tipo de carne que ainda se use de forma habitual nas carnes maturadas», conta Markov, que tem agora no seu restaurante uma câmara de maturação onde deixa a sua carne, em períodos que oscilam entre os 60 e os 90 dias.
Além disso, só se usa carne de animais que vivem e pastam ao ar livre, «longe da alimentação à base de rações». «A qualidade da carne tem que ser boa. Essa é a preocupação principal», diz. O resultado final, na grelha em carvão vegetal, faz o resto. «Antes grelhávamos na chapa. O carvão vegetal dá um sabor e textura diferentes à carne», adianta o dono do The B Temple, situado na Rua Serpa Pinto, no espaço onde já funcionou a cave da vizinha Paróquia dos Mártires.
Num dos mais de 50 lugares sentados disponíveis, provam-se as novas propostas num ambiente industrial, rodeado de paredes onde estão escritas citações que inspiraram o percurso de Zahari Markov. «Tenho em mim todos os sonhos do mundo», de Álvaro de Campos e «Se consegues sonhá-lo, consegues fazê-lo», de Walt Disney, são duas delas.
Na cozinha do chef Ricardo Serrão, continuam a sair os hambúrgueres e os pregos do B Temple, em pão brioche ou em bolo do caco. Neste momento, há 10 unidades diferentes no que toca aos primeiros – com direito a uma alternativa vegana – e cinco se falarmos dos pregos. Nas entradas, também há novidades – nomeadamente os ovos rotos, numa dose ideal para dividir por dois.
O mesmo aconselha-se com o bolo de chocolate caseiro: leva nozes caramelizadas e Nutella e chega à mesa numa fatia generosa. O creme brulée, o cheesecake de frutos vermelhos e o petit gâteau com gelado de baunilha são as restantes escolhas se a ideia for adoçar o palato. Nos próximos tempos, Zahari Markoz vai continuar a tornar o Chiado num local ainda mais doce: com a abertura de uma fábrica de pastéis de nata, que abrirá portas junto ao Elevador de Santa Justa.
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