A cozinha típica da Síria pela mão de um casal de refugiados

No Tayybeh, os sabores da típica cozinha síria, largamente amparada nos vegetais, provam-se a preços muito acessíveis em Moscavide, perto da Torre Vasco da Gama, pelas mãos de um casal de refugiados. Veja mais na galeria.

Uma simples participação num festival cultural organizado pela Câmara Municipal de Lisboa mudou as suas vidas. Cozinhar era um passatempo para este casal de engenheiros informáticos e refugiados sírios a viver em Portugal há quase dois anos. «Decidimos levar 100 doses e testar as reações, durante o festival», frisa Alan Ghunim. Esgotaram em meia hora. No dia seguinte, venderam 500 doses. Quando o festival terminou, foram mil.

A receita para o sucesso pode provar-se a preços acessíveis em Moscavide, no novo Tayybeh, o restaurante com cozinha típica da Síria que Ghunim acaba de abrir com a mulher, Ramia. Ela comanda a cozinha, ele a sala e a parte empresarial. O cheiro e o sabor ajuda a matar saudades de Damasco, de onde saíram com o início dos conflitos, mas também a decoração. O espaço está decorado em tonalidades preta e torrada e faz lembrar a casa da avó de Alan.

Um dos pratos que Fatima sempre fez para o neto também se prova em Moscavide, ainda que a carta do Tayybeh mude todas as semanas. Trata-se de um fattet makdous, com beringela frita, carne picada e tomate, pão frito, molho de iogurte e tahine. Esta pasta de sésamo e alguns ingredientes e temperos específicos são importados, mas a grande maioria dos produtos são nacionais.

Até porque a cozinha típica síria faz-se muito à base de vegetais, com várias propostas vegetarianas e veganas. «Lá, só os ricos comem peixe. Carne, usamos mais o cabrito, a vaca e o frango», conta Alan. O azeite usado vem de Aljustrel, que é, segundo o dono, o que tem o sabor mais parecido com o sírio.

Entre outros destaques da carta estão o yalanji, que são folhas de parra sírias recheadas com arroz, tomate, salsa, hortelã e molho de romã e o bulgur serve-se aqui com tomate, batata e cebola. O Uzi come-se o ano todo na Síria, com foco na altura do Natal, e é um folhado com massa filo recheada com arroz basmati, ervilhas, cenouras, carne picada e nozes. À mesa, claro está, cabem também clássicos da cozinha do Médio Oriente como o húmus e o falafel. «Delicioso», como avisa o próprio nome do restaurante.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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