Estão na cidade do Porto três das cinco tascas favoritas dos portugueses. O anúncio foi feito na tarde de sexta-feira, 07 de junho, pela organização do concurso Tascando, que procurou saber quais são as “melhores tascas” do país. A Adega São Pedro, a Casa Pereira e a Tasquinha Rebelo ocuparam as três primeiras posições, seguidas da Tasquinha dos Guindais, também no Porto, (4º lugar) e da Imperial de Campo de Ourique, a única tasca em Lisboa.
As tascas apuradas após a votação “destacaram-se pelos seus petiscos – iscas, bacalhau à Gomes de Sá, sardinhas assadas com salada e chanfana -, mas também pela qualidade do seu serviço ao público, pelo serviço da bebida, bem como pela higiene do espaço”, descreve a organização do Tascando em comunicado. Participaram ao todo 39 estabelecimentos (menos um do que inicialmente anunciado), que no total receberam “mais de 100.000 pessoas”.
“A adesão do grande público excedeu em larga margem a nossa expectativa para esta primeira edição do Tascando. Com um incremento médio de 20% na faturação das tascas participantes, sentimos que fizemos o nosso trabalho para realmente mostrar aos portugueses o que de melhor se faz na cozinha de raiz popular e familiar”, declarou Miguel Moreira, responsável pela organização, em jeito de balanço daquela que foi a primeira edição do concurso Tascando.
Prometida está já a 2ª edição, com objetivo de “aumentar o número de tascas participantes de forma a levar este conceito a mais consumidores” e “enaltecer os sabores da comida caseira”, que são parte do património cultural e gastronómico português. Sob o mote “Quem não tasca não petisca”, a iniciativa visou também criar uma “comunidade” em torno deste género de espaços, numa altura em que por variadas razões têm vindo a ser ameaçados e a desaparecer.
As 39 tascas – duas dezenas em Lisboa e outras tantas no Porto – foram selecionadas para o Tascando por uma equipa interna do concurso e a reação dos proprietários foi “absolutamente surpreendente”, contou, então, Miguel Moreira. “Houve uma aceitação generalizada e uma empatia muito grande relativamente ao conceito porque entenderam que era mais do que um concurso”. Já a escolha dos petiscos foi tomada entre a organização e as tascas.
O concurso teve dois perfis de voto, à razão de 50-50%, entre o dos jurados e o do público (que votou presencialmente nas urnas em cada estabelecimento de restauração). O júri foi composto por 40 pessoas, entre profissionais da restauração, jornalistas de comida e lifestyle e os chamados “foodies”. Em causa estiveram critérios como a qualidade do petisco/prato em apreciação, a qualidade do serviço/atendimento; a higiene do espaço; e o serviço da bebida.
Segundo adiantou à Evasões Miguel Moreira, o objetivo, a cinco anos, é alargar o Tascando a mais zonas do país e consolidar o mês de maio como o mês das tascas. O concurso “Comida di Buteco” – projeto irmão do Tascando – nasceu em 2000 na cidade de Belo Horizonte, no Brasil, e tem ganhado notoriedade desde então. Em 2023, atingiu o recorde de um milhão de votos, com mais de 10 milhões de pessoas impactadas, e um impacto financeiro de cerca de 55 milhões de euros.