Taberna da Villa: comida caseira na casa da avó, em Gaia

A posta na grelha com palmiers de bacon é um dos prato do dia no restaurante Taberna da Villa, em Gaia. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
Os cozinhados saborosos que a avó Berta fazia na sua casa em pedra, com morada em Canelas, foram a inspiração para a Taberna da Villa, um projeto dos netos Alexandre e Carla Barros, que acaba de celebrar dez anos.

Na casa abandonada da avó Berta, nasceu há dez anos – comemorados a 23 de maio – a Taberna da Villa, uma espécie de homenagem dos netos Alexandre e Carla Barros àquela figura feminina, que ali cozinhava sopas e sobremesas que ainda hoje preenchem as memórias de ambos. A antiga casa em pedra, à face da Rua Delfim Lima, na freguesia de Canelas, foi reabilitada e tornou-se sala de refeições.

Os irmãos Carla e Alexandre Barros abriram um restaurante na antiga casa da avó. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)

O restaurante beneficia de uma zona exterior com jardim.
(Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Já a antiga adega deu lugar a uma agradável esplanada com jardim e mesas em pedra, sombreadas por uma ramada que remete para os tempos em que ali se produzia vinho americano. “Desde miúdo que se fazia aqui a colheita da uva, a pisa dentro das dornas e o engarrafamento do vinho”, recorda Alexandre. E foi a partir desta lembrança que os irmãos decidiram celebrar a primeira década da casa lançando cinco referências vínicas, produzidas no Douro, sob a insígnia Taberna da Villa. O ideal é emparelhá-las com uma das cinco tábuas ou com um dos pratos de carne ou peixe da carta. Outro momento para as experimentar é ao almoço, aproveitando o menu do dia. Por 11 euros, chega à mesa pão, azeitonas, sopa, prato, bebida e café.

Os pratos, bem servidos, variam diariamente – havendo uma opção de carne e outra de peixe -, mas a inspiração é sempre a cozinha tradicional portuguesa, que ali recebe um apontamento de modernidade. No dia da visita da Evasões estava a sair filete de robalo com migas de amêijoas, e posta na grelha com palmiers de bacon, mas já se fez lulas à Marinheiro com maionese de lima, arroz de polvo com grelos, entrecosto de leitão assado e várias receitas de bacalhau. A diversidade agrada, sobretudo, a quem visita diariamente o restaurante, que fica próximo de uma zona industrial, e apenas a dez minutos do centro de Gaia. Contudo, há quem chegue de mais longe, vindo de Santa Maria da Feira, Espinho e Gondomar.

Já ao jantar, vigora apenas a carta, de onde se destacam as tábuas que deram fama à casa. Se hoje são uma proposta corriqueira em qualquer taberna ou tasquinha, há dez anos não era assim tão comum, sobretudo naquela zona, conta Alexandre. Atualmente, há cinco por onde escolher: a regional, a da taberna, a espanhola, a do mar e a alentejana, uma novidade pós-Covid, que junta três cortes do porco – pluma, cachaço e lagartos -, salteado de legumes e abacaxi, compota de tomate e morango e batata com casca aromatizada com orégãos.

Bem compostas, as tábuas podem ser pedidas para dois como refeição, se houver mais comensais à mesa, sugere-se pedir como entrada e continuar o repasto com a francesinha – uma das especialidades -, a bagunça na frigideira – que Alexandre resume como um “pica-pau refinado” -, o arroz de polvo com camarão, a cataplana ou o bacalhau lascado em cama de broa, um dos pratos mais antigos da casa.

Menu do dia: 11 euros (Inclui pão, azeitonas, sopa, prato, bebida e café)
Especialidades: tábuas diversas, pratos de bacalhau, cataplana, bochechas de porco preto
Sobremesas: três delícias, natas com bolacha e doce de ovos, crumble de maçã

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