Há uma nova francesinha de alheira no Porto

Francesinha, calzone de alheira e bacalhau com crosta de alheira são algumas das novidades da carta primavera-verão da Tabafeira, no Porto. O restaurante anuncia a sua especialidade logo no nome: tabafeira, em mirandês, significa alheira.

Clara Teixeira e André Azevedo abriram a casa, há ano e meio, empenhados em mostrar a versatilidade daquele enchido tipicamente português – no caso, de Mirandela, assim como o pão, não porque o casal tenha raízes na terra, mas porque aprecia os produtos. Na nova estação, e ao quarto menu, a Tabafeira continua a provar que a alheira pode ser servida de formas múltiplas e surpreendentes. E «não tem necessariamente de ser um prato pesado, ou de inverno», garante o chef André Azevedo. Uma das mais recentes sugestões é a salada de alheira, que, além daquele enchido transmontano, leva canónigos, tomate cereja, sultanas, laranja do Algarve, cebola frita e molho de iogurte.

«Tentamos ajustar os pratos às estações e até agora tem sido muito gratificante e desafiante conseguir sempre fazer alguns pratos diferentes dos outros», prossegue o chef, que é responsável também pela seleção de vinhos, tintos e brancos, do Alentejo e do Douro, enquanto os verdes são da zona do Minho. Todos são personalizados com o rótulo da Tabafeira.

«Tentamos ajustar os pratos às estações e até agora tem sido muito gratificante e desafiante conseguir sempre fazer alguns pratos diferentes dos outros», diz o chef André Azevedo.

A carta, estreada em meados deste mês, abre mão de pratos de aconchego, condizentes com o frio, como risoto ou açorda de alheira, e introduz propostas mais leves, à medida do calor que se adivinha. Mesmo a francesinha – que contém alheira picante, linguiça fresca, salsicha fresca, queijo e molho – segue essa linha, ao ser servida só com uma fatia de pão (de Mirandela, claro).

O espaço também trabalha com uma alheira 100% vegetariana (de pão, espargos e cogumelos), sendo que em alguns dos novos pratos, como a calzone ou a salada de alheira, é possível escolher entre essa e a tradicional, de Mirandela. «Há quem coma e diga que não parece vegetariana», comenta Clara Teixeira, adiantando que tem tido «uma aceitação muito grande», mesmo por parte de não vegetarianos.

Entre as propostas mais recentes contam-se ainda o ninho de alheira (com alheira de aves, massa Kadaif, queijo de cabra, bacon e mel, acompanhado por arroz malandro de tomate) ou a tartelete de alheira com queijo de cabra e mel. Vêm juntar-se a outras com mais tempo de casa, porque a Tabafeira, atenta às indicações e preferências dos clientes, recuperou alguns pratos, e outros nem chegou a tirar do menu – caso do cachorrinho de alheira.

Há pratos que regressam e outros nem chegam a sair do menu, que é alterado em função da estação do ano – tudo para atender aos pedidos dos clientes.

Os apreciadores da tabafeira doce, uma sobremesa de colher feita com pão, açúcar, gemas de ovos e polvilhada com canela e amêndoa, também podem ficar descansados, porque sobreviveu à mudança sazonal da ementa. ainda a assinalar os regressos da Mirandesa, um prato composto por alheira de Mirandela, grelos, batata palha e ovo cozido a baixa temperatura, e do cogumelo Portobello recheado com alheira e ovo, que tem espargos e uma fatia de pão tostada a acompanhar.

Mirandesa, um prato que a Tabafeira recuperou para a nova carta. (Fotografia: DR)

Os pedidos dos clientes também foram tidos em conta na hora de renovar a carta. «Ainda não tinha feito francesinha de alheira, mas tinha várias pessoas a pedir», comenta André Azevedo. Desejo concedido, finalmente.

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