Manouché (piza com tempero zaatar, queijo ou mistura dos dois, com labneh); beid (ovos mexidos com salsichas sujouk ou queijo halloumi, com pão e vegetais); e foul (favas temperadas com azeite, limão e salsa) são alguns dos pratos que compõem o novo brunch do Sumaya, ao jeito dos pequenos-almoços que Tarek Mabsout fazia em Beirute, de onde se mudou para Portugal, com os pais, aos sete anos. Com 40 e a viver no Príncipe Real, continua empenhado em dar a conhecer a cultura libanesa.
“Os meus pais formaram-se em distribuição alimentar e durante a guerra civil surgiu uma oportunidade de saírem do Líbano. Portugal surgiu por acaso”, conta Tarek à “Evasões”. Os primeiros tempos trouxeram-lhe um “choque” cultural, que facilmente ultrapassou, mantendo em casa uma alimentação e educação libaneses, recorda ainda. Depois, descobriu que a “importância da família”, a “proximidade do mar”, o “clima temperado” e o consumo de romãs eram aspetos comuns aos dois países.
Para o Sumaya – batizado em homenagem à avó paterna com quem viveu no final da adolescência, em Beirute, e que lhe ensinou os preceitos da comida libanesa – trouxe um menu recheado de “mezze”, ou seja, pequenos pratos para partilhar com várias pessoas. É o caso do taboule (tomate, salsa, cebola e hortelã picada com burgul, azeite e limão) e da arayiss kafta (quesadilla de carne em pão árabe); assim como das sandes de carne de vaca ou frango grelhada, com diferentes temperos.
Pedir um combinado é uma boa forma de experimentar um pouco de tudo. Tarek diz ainda que muitos produtos (favas, grão de bico, gin, cerveja, vinho e especiarias) seguem diretamente do Líbano para a cozinha, liderada por dois irmãos palestinos. A recente aposta no brunch (com todos os itens a 9 euros, valor que inclui bebida e café/chá) é uma forma de aproximar as pessoas da cultura libanesa, ao sabor de uma salada fweké (taça de frutas com creme de leite) ou de panquecas ataif ashta.
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