Numa das zonas mais nobre do Porto, a dois passos da praia, o restaurante Urbana sobressai pela simplicidade. As refeições fazem-se nutritivas, mas baratas, e a decoração é moderna, embora despretensiosa – e quase toda conseguida com material reciclado e reutilizado. «Queríamos mostrar às pessoas que mesmo vivendo em ambiente urbano era possível alimentarem-se bem e terem responsabilidade ambiental», resume Fernando Guedes, que depois de ter trabalhado na área de food & beverage de hotéis brasileiros, decidiu regressar a casa para abrir o Urbana, juntamente com a mulher Letícia, que se ocupou da arquitetura do espaço.
Apesar de não ser um lugar estritamente vegetariano, a maior parte das opções criadas pelo chef Lucas, fazem-se à base de vegetais e fruta – com exceção para o salmão fumado, o presunto e o fiambre, que surgem numa salada, num wrap e numa tapioca. A carta, carregada de sotaque brasileiro, em receitas como tapiocas doces e salgadas, e taças de açaí, é curta mas suficiente, já que, de segunda a sexta, há um menu do dia que inclui sopa, prato e uma infusão por 6,70 euros. Para quem tiver apetites maiores, sugere-se o menu que inclui dois pratos e fica por 8,90 euros.
Os doces são para comer sem medo. A «nossa nutella», a farinha de tapioca e a granola são caseiras e feitas de maneira o mais natural possível, ou seja, sem produtos refinados. Seguindo este conceito, Fernando optou por não ter refrigerantes. Em vez disso, sugere seis sumos de fruta ou, se o cliente preferir, um sumo com fruta à escolha. Da Urbana faz ainda parte uma pequena mercearia de produtos portugueses e, em breve, uma pequena horta comunitária, da qual toda a gente poderá usufruir, sem custos.
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