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São João da Madeira: na padaria Azeda, tudo é feito à vista do cliente

Produtos de padaria e pastelaria são confecionados com tempo. (Fotografia: Maria João Gala/GI)

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É uma padaria de portas escancaradas e ambiente acolhedor e descontraído, que faz lembrar uma mercearia antiga com apontamentos de estilo industrial e muitas plantas. Ali cruzam-se vizinhos e amigos, que rapidamente ocupam as mesas ou o balcão do pequeno espaço. Do outro lado, Bárbara e António põem as mãos na massa – literalmente – à vista de todos.

“Queríamos que as pessoas pudessem ver. Eu adoro cozinhar mas odeio estar fechado numa cave”, explica António. Daí que o espaço de confeção seja aberto para a loja, já a pensar nos workshops que o casal quer organizar no futuro. Os dois cozinheiros conheceram-se em Londres, onde viveram sete anos e durante os quais começou a despontar o gosto pela sourdough (ou massa-mãe). Quando voltaram para Portugal, tinham a ideia de abrir um restaurante, mas, com dois filhos pequenos, optaram por algo que lhes desse mais tempo livre.

Depois de alguns meses a produzir pão artesanal em casa e a distribui-lo, decidiram abrir uma padaria, “onde também pudéssemos servir refeições ao almoço”, realça Bárbara. São propostas leves, sempre com opção vegetariana como a beringela parmegiana, saladas, tostas e o arroz frito – um favorito -, criadas de acordo com os produtos disponíveis.

Diariamente há sete ou oito variedades de pão, que voam das prateleiras. Na base de todos eles está uma combinação de farinhas integrais de trigo e centeio, a que depois se junta beterraba, chocolate, aveia e mel, azeitonas, abóbora, sementes, curcuma ou outros ingredientes. O pão de azeite – feito com os azeites Seiras – é uma das mais recentes criações, que reflete a preocupação em trabalhar com produtos de proximidade e fornecedores que valorizam os produtores. “Todas as garrafas têm o nome do produtor da azeitona”, nota Bárbara. A cerveja artesanal Mary Jane, produzida no concelho, é outro exemplo, assim como o café de especialidade da Senzu e as infusões da Infusões com História, usadas numa das kombuchas caseiras da Azeda.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

Para adoçar, há sempre um bolo, bolachas, croissants folhados e cruffins – um delicioso cruzamento entre croissant folhado e muffin, na versão simples, com Nutella ou lemon curd (por encomenda). A variedade e quantidade são propositadamente reduzidas para evitar desperdícios.

E António destaca ainda outra razão: “Assim as pessoas sabem que é tudo fresco. Às vezes já estamos fechados e quem passa na rua vê que eu estou aqui a fazer croissants para o dia seguinte.” Além disso, tudo requer muito tempo. “Estamos a trabalhar com fermentação natural. Os croissants demoram três dias a fazer, desde o início até saírem do forno”. E vale bem a pena esperar por eles.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

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