Sal, brasas e boa carne maturada, agora em Campolide

O Sal & Brasas, restaurante bem amado por todos os que não resistem a uma boa peça de carne (com sal e nas brasas, logicamente) tem nova localização: saiu de Alcântara e agora está em Campolide. Mas a cozinha é a de sempre.

«Ainda ninguém falava em carne maturada e nós já a servíamos no Sal & Brasas.» A frase é de Maria Eduarda Moreira, responsável, juntamente com o marido, por um dos restaurantes com mais pergaminhos na matéria (carnívora) em Lisboa, o Sal & Brasas. Antes de se dedicar à restauração, José Guerra, marido de Maria Eduarda, era comerciante de gado. Não admira, por isso, que o restaurante do casal se tenha destacado desde cedo pela qualidade da carne que ali serviam.

O Sal & Brasas nasceu originalmente em Coruche, vila natal de José, na viragem do século. Mas os clientes de Lisboa já eram muitos nessa época. Tantos, aliás, que não desistiram enquanto não convenceram os responsáveis a abrir uma casa na capital. E eles assim fizeram, em 2005. O restaurante, situado perto da Tapada das Necessidades, em Alcântara, não demorou a garantir uma clientela fiel, adepta não só dos diversos cortes da tal carne maturada – «atualmente trabalhamos com carne de Oviedo», revela Maria Eduarda – mas também dos secretos e lagartos de porco preto, das costeletas de borrego ou do cozido à portuguesa, servido todas as sextas e sábados, tradição que se mantém neste novo espaço.

O novo espaço do Sal & Brasas tem toda a luz natural que o antigo restaurante não tinha. (fotografia: Tiago Pais)

Então porquê a mudança? Maria Eduarda explica: «O prédio onde ficava o restaurante foi vendido e vai ser todo renovado por dentro, tivemos mesmo de sair.» A saída não assustou os clientes de longa data, que apareceram em massa mal as portas do novo Sal & Brasas abriram, a 11 de setembro. «Passámos a primeira semana inteira a servi-los», confirma a responsável.

Não terão estranhado grande coisa: não só a equipa de cozinha é a mesma como até as mesas e cadeiras o são – levaram apenas uma pintura nova. O restaurante tem agora a luz natural que não tinha no antigo espaço, e já não se divide por várias salas: há apenas uma, com cerca de 70 lugares e um pequeno pátio nas traseiras onde cabem mais 20. E esse é, também, o único espaço disponível para fumadores, ao contrário do que acontecia no antigo Sal & Brasas. «Não investi na extração porque a legislação vai mudar no final do ano», justifica Maria Eduarda.

Todos os dias há sugestões diferentes a juntar aos grelhados. Neste caso, bochechas de porco assadas. (fotografia: Tiago Pais)

Nota final para as sobremesas, umas caseiras, outras de autoria de Teresa Pyrrait, famosa doceira de Campo de Ourique que fornece outros restaurantes de nomeada da cidade, caso, por exemplo, do Stop do Bairro. O bolo de chocolate cremoso merece atenção e um espacinho no estômago. Basta não abusar da carne.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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