Porto: Aqui há uma minifrancesinha de porco preto

Na Baixa do Porto, os chefs Tó Mané Silva e André Toscano criam receitas «fora da caixa» com produtos nacionais e sazonais, mas nem por isso demasiado caras, na cozinha do Restaurante Atelier 45, que apresenta duas cartas diferentes, conforme o nível de ousadia colocado em cada prato.

No espaço onde funcionou o bar de concertos Cave 45, agora servem-se pratos de cozinha de autor, a preços acessíveis, divididos entre duas cartas distintas, mas que se complementam: a Restaurante, onde cabem os pratos de comida tradicional com um twist, e a Atelier, que recebe as receitas criativas e «fora da caixa» dos chefs Tó Mané Silva e André Toscano, que ocupavam anteriormente os cargos de chef e sous-chef no restaurante TapaBento. Os pratos de ambas as cartas, podem ser pedidos ao almoço e ao jantar, combinados ou não.

Quem se lembrou desta ideia foi o empresário Luís Cavadas, proprietário do bar Spot, ali perto, e do restaurante Muro Velho, na Sé, também ele inaugurado este ano. O restaurante, onde Luís pretende que os clientes tenham «uma experiência gastronómica sem gastar uma fortuna», divide-se em duas salas, uma pequena no rés-do-chão e outra maior, na cave, onde está a cozinha e é ideal para grupos.

É nesta cozinha que tudo é preparado de raiz, sejam molhos, caldas e até mesmo os gelados – com ingredientes nacionais e de época. Depois, conforme a ousadia, os pratos entram na carta Restaurante ou Atelier, sendo que os desta última têm simultaneamente mais trabalho na criação e na hora da confeção (e o preço é ligeiramente mais elevado). Luís oferece a ambos os chefs liberdade para «darem asas à imaginação» e, desta forma, conceberem pratos como o picante e saboroso risoto de lavagante azul fumado ou a corvina selvagem assada em azeite de alho, servida com grelos em creme de leite torrado e arroz de forno. Ambas estas propostas são da carta Atelier. Curiosamente, o arroz de forno – que leva um caldo de porco fumado – teve tanto sucesso que surge agora na carta Restaurante. Pode ser pedido sozinho mas vai bem com o naco de vitela à transmontana, a título de exemplo.

Um dos pratos mais populares é a minifrancesinha de porco preto fumado, mas se a vontade for de pedir algo mais leve e para partilhar – ato que aqui é bem-vindo – apresentam-se com interesse os espargos biológicos com o bolo de noz moscada frito em manteiga de alho, a salada de burrata ou a sopa de pregado. Sugere-se não saltar o couvert e saborear a inesperada, mas deliciosa, compota de pimento assado, e completar a experiência com o fotogénico brûleé de pipoca. Para breve, está prometido o menu executivo, e estão garantidas mudanças na carta com regularidade, para que os clientes assíduos encontrem sempre algo novo. Uma experiência gastronómica feliz no estômago e leve na carteira.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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