A paixão pelo ramen e pela cozinha nipónica começou a ganhar forma há sete anos, quando António Carvalhão e João Azevedo Ferreira iniciaram um supper club em casa, que foi ganhando admiradores e filas de espera. Pelo caminho, a dupla de empresários envergou por cursos e formações lá fora, junto de especialistas japoneses, e abriu um restaurante de sucesso em Lisboa, o Ajitama, que surgiu primeiro em Picoas e ganhou uma segunda morada no Cais do Sodré.
Agora, inauguram o Ramen Station, que acaba de abrir em Benfica, no seguimento da missão de democratizar o famoso caldo japonês. E se no Ajitama a refeição está mais próxima de uma experiência dita tradicional de restaurante, no Ramen Station impera uma dinâmica mais fluida e descontraída, permitindo almoços e jantares mais rápidos com ramen de qualidade e acessível a qualquer carteira.
O novo espaço inspira-se no ambiente das movimentadas estações de comboio e metro do Japão, que albergam “algumas das melhores casas de ramen”, explica António. Daí a decoração apostar em imagens de carruagens cheias de passageiros e a sinalética habitual que se encontram nestas plataformas, incluindo o trajeto com as estações de metro da linha Ginza, que junta dois dos bairros mais populares de Tóquio, Shinjuku e Shibuya.
A carta é propositadamente curta e focada, apresentando três opções de ramen (entre 9,90 e 11,50 euros) que apostam em ingredientes naturais. Os caldos apurados levam entre 18 a 20 horas a ficarem prontos e os noodles frescos feitos na casa – um processo que pode ser observado de perto durante o dia, na sala de laboratório visível da zona de refeições – nascem de um blend de várias farinhas (incluindo uma tostada, que dá um toque diferente ao resultado final), produzidas por um moleiro de confiança na zona de Alenquer.
As três variedades de ramen
O Amazing Shio, clássico das ruas de Tóquio, é um ramen mais suave e consensual, levando noodles frescos de espessura média, barriga de porco, ovo ajitama, bamboo marinado e nori com manteiga. O Incredible Miso, mais robusto e intenso, faz-se de noodles frescos de espessura grossa, tare de miso branco, barriga de porco e ovo ajitama. Já o Sublime Vegan, com base num caldo de vegetais, é composto de noodles frescos de espessura grossa, espinafres, cogumelos e milho baby. Nos últimos dois casos, é possível escolher um dos três níveis de picante caseiro, feito com pimentas sancho e togarashi.
Edamame e gyozas de frango e vegetais são as propostas das entradas e, nos doces, fecha-se a carta com a seleção de mochi, disponíveis em três sabores – manja e maracujá; chocolate e avelã; e framboesa. Para beber, há chá de matcha, limonadas, vinho a copo e a cerveja artesanal da própria casa, a Underground Biru, uma pale ale que leva uma infusão de alga kombu.
Nova morada em breve
“O Ramen Station é a nossa forma de trazer para Lisboa a verdadeira essência de um restaurante de ramen japonês: simples, rápido e sem comprometer a qualidade. Queremos que os nossos clientes se sintam numa verdadeira estação japonesa, com sabores autênticos e um serviço eficiente, mas também num ambiente relaxado e acolhedor”, explica António Carvalhão, que além das formações no país do sol nascente, já chegou a viver por uns tempos em Hiroshima.
Com apenas um mês, e uma esplanada a chegar em breve, o Ramen Station Benfica é sinónimo de casa composta de forma regular, de tal forma que uma segunda morada vai nascer na primeira quinzena de dezembro noutro bairro alfacinha. O espaço do Campo Pequeno terá dois pisos, uma esplanada generosa e a mesma carta que se prova em Benfica.
Longitude : -8.2245