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Pratos coloridos e um brinde de espumante na nova carta do Mesa de Lemos

Mesa de Lemos (Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)

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Tendo um telemóvel à mão, é irresistível não fotografar o prato antes de começar a comer. São coloridas composições aquelas que chegam nos pratos – ou num conjunto de peças de cerâmica – dos dois menus de degustação da nova carta de outono/inverno, do restaurante Mesa de Lemos, em Viseu. Este que foi o primeiro restaurante da zona centro a conquistar uma estrela Michelin, renovada este ano.

O chef Diogo Rocha, que sempre procurou estreita ligação com a origem dos produtos com que cozinha, quis reforçar esse vínculo nesta carta. Orgulha-se de conhecer a cara e o quotidiano dos seus produtores, que estão na base dos ingredientes que transforma: míscaros da região centro, espadarte da Madeira, enguias da Figueira da Foz, cabritinho da serra do Caramulo, avelãs de Viseu. robalo de Peniche, entre outros.

 

Até o modo de pescar o bacalhau da Islândia pode gabar-se de conhecer, por lá ir muitas vezes. “O nosso objetivo não é ser pescador, nem produtor, mas entender a vida deles. É um modo de vida duro, são 365 dias por ano a acordar cedo. Temos que entender isto”, refere o chef. Quando esses produtos chegam às suas mãos, transforma-os em constelações de sabores.

É o caso dos snacks que abrem os menus de degustação, que é cenoura de sete maneiras diferentes e todas elas um desafio visual e no paladar. Há um pickle enrolado numa espiral crocante, um gelado que se barra como manteiga num pequeno bolo sovado e um sanduíche que se devora de uma vez. O mexilhão, por seu turno, prova-se primeiro sorvendo-o de meia lima, ou ainda curado e em mousse. Já os míscaros chegam em bolacha e mousse.

Também se começam a comer com os olhos outros pratos dos dois novos menus de degustação, como a enguia fumada, o cabritinho com pêra rocha e romã ou as lascas de bacalhau com especiarias e poejo.

 

Nas sobremesas, os coloridos doces de citrinos (com fruta da própria quinta) apresentam-se cativantes de cor. E revela-se vencedora a aposta que o chef fez consigo mesmo de, não sendo apreciador de sobremesas com sabor a café, criar uma que lhe agradasse.

A apresentação dos novos menus, que a Evasões experimentou, foi também um momento para revelar alguns dos novos vinhos da Quinta de Lemos, como os espumantes Gegé ( o nome familiar de Géraldine, filha de Celso Lemos, o fundador da quinta, que é também ceramista e autora das louças do restaurante). Saliente-se que o restaurante sempre trabalhou apenas com os vinhos desta quinta em Viseu, o que tem constituído um desafio para ambos os lados – mesa e enologia, com esta última equipa também estimulada a criar mais variedade para a mesa.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.