Artur Pinho trabalhava na área de engenharia civil, mas a crise que abalou a construção, há uma década, levou-o a mudar de ramo. Começou a fazer sushi em casa e acabou por trabalhar em vários espaços, dentro e fora de Portugal – no currículo tem o Umai, o Yakuza by Olivier no Pine Cliffs, o Dona Júlia ou o Romando Privé. Até que decidiu criar o seu próprio restaurante, com pratos de diferentes países asiáticos e fuga assumida aos combinados de sushi e sashimi: o Momo abriu portas, em abril do ano passado, no centro da Póvoa de Varzim, a sua terra.
“Tentamos fugir ao convencional. Há tanto para onde ir… Para quê fazer igual aos outros?”, questiona Artur, que muda as propostas de acordo com a estação do ano e também procura ter alguns “sabores mais fáceis”. O katsu sando, por exemplo, é uma espécie de prego japonês – e importa frisar que o pão é feito na casa, diariamente. Já há pratos com lugar cativo, como o tártaro de peixe com molho especial e ovo cozinhado a baixa temperatura, tudo misturado na mesa, como uma açorda; mas o menu foi atualizado recentemente. Entre as novidades contam-se o carpaccio de beterraba e vieira ou o taquito, um taco de milho crocante recheado com ceviche, guacamole, couve roxa, rebentos de rabanete, tomate e manga.
Falta dizer que o Momo é amigo dos vegetarianos, para quem os pratos são facilmente adaptados; e compreender o nome do restaurante, o que implica voltar ao tempo em que Artur trabalhava com um casal brasileiro que se tratava por momo (versão abreviada de “meu amor”). A expressão, adotada pelo pessoal da cozinha por brincadeira, ficou-lhe na cabeça; e depois soube que, em japonês, era flor de pessegueiro – há um à entrada, num vaso.
Decoração em família
Mãe, pai e irmã: toda a gente ajudou Artur Pinho a decorar o Momo, com capacidade para 16 a 18 clientes, devido à pandemia. A irmã Carolina, que é designer, fez a colagem que está numa das paredes, bem enquadrada no ambiente descontraído, assente em madeira e pedra.
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