Porto: um artesão da comida com casa nova

O chef João Lima acaba de abrir um restaurante numa antiga oficina na Baixa. Chama-se Artesão Bistrô e serve pratos em doses mais pequenas, porque o objetivo é viajar por diferentes sabores.

No Artesão Bistrô, do chef João Lima, não há entradas nem pratos principais. A comida é servida em doses mais pequenas, para que os clientes possam dividir as porções e experimentar sabores distintos, numa refeição mais intimista.

«O objetivo é partilhar, no mínimo, dois pratos», explica o chef, que trabalhou em casas como a Fortaleza do Guincho, em Cascais, ou o Pedro Lemos, no Porto, ambas com estrela Michelin. Entretanto, decidiu investir em negócios próprios. Primeiro, criou o snack-bar PortaM na sua terra, Vizela; e agora este restaurante, numa antiga oficina da Rua de Mouzinho da Silveira.

O passado daquela rua, que acolheu muitos artesãos, explica o nome do restaurante, assim como a cozinha de estilo artesanal que nele se pratica. João Lima, que se vê como «um artesão da comida», até porque trabalha muito com as mãos, quis criar um espaço com ambiente descontraído, sem abdicar da excelência no que respeita à comida e ao serviço.

A base da ementa é a cozinha tradicional portuguesa, mas modernizada, com uma identidade própria. Cada prato tem só dois ou três elementos, para não se confundir sabores. Pode ser cabrito transmontano, favas e cenoura; ou salmonete dos Açores, lula pontilha e jus do assado.

Na hora do pedido, o chefe de sala, Leandro Pereira, apresenta a carta e ajuda a conduzir a refeição. «Tento fazer uma viagem que tenha um pouco de tudo e não seja monótona», conta.

Além de carnes e peixes, há um prato vegetariano, que muda consoante os produtos disponíveis, porque a frescura dos ingredientes é valorizada. E dá-se tempo à confeção. Certos molhos demoram um dia ou dois a confecionar, e a carne do cabrito, por exemplo, leva 24 horas a cozer.

Aqui, entram as memórias do chef, que tem na avó uma referência, no que toca aos sabores: «Sempre que estava em casa da minha avó, havia uma panela ao lume. Uma sopa demorava cinco horas a ser feita, os legumes andavam ali a namorar».

Decoração apurada

O recurso a madeiras e metais cria um ambiente rústico e, ao mesmo tempo, industrial. As mesas são de carvalho escurecido, que não absorve vinho nem gorduras, e a decoração inclui diversos instrumentos de trabalho.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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