Mais eclético seria difícil. No novo restaurante Mood, tal como o nome sugere, há comida para qualquer estado de espírito, apetite ou até dieta. «Dá para toda a gente», resume Mariana Gramaxo. A mãe, Mafalda, já ali tinha uma loja, mas decidiu mudar a finalidade do espaço e, em parceria com Miguel Sá e Teresa Guerra, abriu esta nova cozinha, há pouco mais de um mês.
De um lado, um sushi bar, comandado por Talleyrand Farias, sushiman que já passou pela Alemanha, por Barcelona e pelo antigo Shis, na Foz, um dos mais célebres restaurantes de sushi da cidade. Urumaki, hosomaki, nigiri e sashimi abrem a parte japonesa da carta, com sugestões tradicionais e outras com toques de fusão, como é o caso das peças de sashimi especiais, a saber: atum com alho negro ou jalapeño, salmão braseado com molho de manga e ainda peixe fumado.
Já do outro lado, a ementa, construída com consultoria da chef Leonor Galvão, é composta por sabores de inspiração mediterrânica, como amêijoas à Bulhão Pato, arroz de ostra e salicórnia da ria Formosa, bacalhau com grão ou o lombo de vitela, tenro e suculento, com molho de mostarda, mel e stout, e que fica muito bem servido com o cremoso arroz de queijo da ilha de São Jorge e foie gras. Nas opções quentes figuram também alguns pratos vegetarianos, entre eles curgete salteada com tofu frito e avelãs torradas.
Comum a toda a carta é a ideia de pratos partilhados, a fazer jus à mesa comunitária logo à entrada do restaurante. «As pessoas normalmente até começam com sushi e acabam com qualquer coisa da cozinha», nota Mariana, mas a melhor maneira de terminar a refeição é com sericaia, doce alentejano, aqui servido com figos.
Para harmonizar com a sobremesa, as peças de sushi ou um dos pratos quentes, no bar são preparados vários cocktails, tanto clássicos como de autor, como é o caso do Mood, com vodka, lima, maçã verde e hortelã. E se as tonalidades verdes predominam no copo, também o espaço se deixa vencer pelos tons de verde-água, elementos geométricos e peças mais orgânicas, como as mesas de madeira e o balcão que rodeia o sushi bar. À entrada, e na parede de fundo da esplanada coberta, o artista Daniel Eime assina dois murais que completam o ambiente – e prometem deixar qualquer um de bom humor.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.Leia também:
Porto: Sabores inesperados no Mini Bar do Avillez
Picaria: A rua para quem quer comer no Porto
Fresquinhos: Estes são os restaurantes novos do Porto
