Sabor a mar com rio à vista no novo restaurante do Porto

As ostras e o bacalhau são as estrelas da companhia neste novo restaurante idílico na Ribeira, com Terra Nova de nome, o alto-mar no prato e o rio Douro bem à vista.

A degustação de bacalhau, com 11 meses de cura, abre o leque de sabores que aqui se servem. «É o petisco mais especial da casa. Consegue-se sentir todos os sabores do bacalhau», explica António Pedro Leitão, um dos proprietários do restaurante.

A entrada é composta por uma trilogia da qual fazem parte um cone de massa brick com uma lasca do lombo, um bolinho envolto em farinha de milho e pele de bacalhau frita, acompanhada com ovas de truta. «O objetivo é tentar usar o bacalhau sem desperdícios», explica o chef Rafael Gomes, a mente por trás das reinvenções deste produto tão típico da gastronomia portuguesa.

«O bacalhau reage muito bem a técnicas modernas.»

Depois, vêm as ostras, ao natural ou com caviar, e fica completo o duo de estrelas da carta. Mas não terminam aqui as especialidades do chef, que tem no Terra Nova a sua primeira cozinha em Portugal. A experiência, essa já é longa. Quando era mais novo chegou a trabalhar em catering e como empregado de mesa. Mais tarde, Rafael Gomes foi estudar para a Escola de Hotelaria do Porto e depois estagiou em Londres, onde ficou a trabalhar durante seis anos em alta-cozinha.

Agora que voltou, trouxe consigo influências de outras paragens, e aplica o que aprendeu ao bacalhau, que «reage muito bem a técnicas modernas», garante. As especialidades continuam pela ementa fora, sem desiludir. Sardinha com base de broa frita, sopa de peixe, massada de bacalhau (um os pratos mais populares) e, para os que não forem grandes adeptos de sabores do mar, há sempre um costeletão de novilho como opção e a possibilidade de a sugestão do dia do chef ser um prato de carne.

«Queríamos algo que nos guiasse para o mar», lembram. Sempre quiseram ter o bacalhau como produto de eleição e «o espaço ajudou a criar o resto».

E se a ementa de pratos e petiscos tem muito por onde escolher, já a de sobremesas só tem duas opções, mas que não facilitam de todo a escolha. Além da seleção de quatro queijos acompanhados de doce de abóbora, o chef apresenta uma tarte de leite-creme com gelado de framboesa e «framboesas mascaradas», como lhes chama, que é uma surpresa na boca. E ainda um fondant de chocolate branco caramelizado, acompanhado de gelado de noz.

Este recanto na Ribeira do Porto, de portas abertas desde outubro, pretende destacar-se da restante oferta da zona, e se pela comida já o parece ter conseguido, o próprio edifício, de traça singular, também ajudam ao propósito. No andar de cima, a mesa mais cobiçada da sala vale bem a pena a reserva, e o nome não lhe é dado ao acaso. É a «mesa do capitão» com vista privilegiada sobre o rio Douro, através de uma grande janela que faz lembrar as escotilhas dos navios.

A inspiração sempre foi clara para os cinco sócios, António Pedro Leitão, Vasco Amaro, Diogo Proença, Gustavo Rangel e Pedro Almeida. «Queríamos algo que nos guiasse para o mar», lembram. Sempre quiseram ter o bacalhau como produto de eleição e «o espaço ajudou a criar o resto».

O ambiente rústico, conseguido pelas paredes de pedra e pelos pormenores em madeira, complementa o cenário. E ao cair da noite, de olhos postos no Douro, com tradição e arrojo no prato de apresentação cuidada – e, quem sabe? Douro no copo -, só falta deixar a imaginação levantar âncora e velejar por mar aberto.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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