Porto: Portugal e França juntos à mesa em novo restaurante

No restaurante da nova Cocorico Luxury Guesthouse, que homenageia os laços entre Portugal e França, serve-se cozinha francesa de autor - onde não podia faltar o croque-monsieur, «antepassado» da francesinha -, acompanhada de vinho do Douro e do porto.

Chegam à mesa duas fatias de pão de forma recheadas com uma dose generosa de fiambre e queijo, envolvidas em molho de trufa. É uma espécie de sanduíche, servida com uma salada de alface e tomate cherry. Podia ser apenas uma francesinha modesta com um twist, mas é, na verdade, o parente mais antigo do conhecido prato portuense.

O croque-monsieur, receita francesa que inspirou a confeção da francesinha nos anos 1950, é o convite perfeito para a viagem entre Portugal e França que a guesthouse Cocorico, acabada de estrear, se propõe fazer.

«Queremos celebrar a relação histórica entre os dois países», diz Sara Faria, diretora-geral.

Da carta à decoração, há um encontro entre duas culturas, que se fundem com a intenção de «quase não se distinguir quem é quem». É essa a sensação mal se entra e se dá de caras com o manequim onde repousa um vestido armado que lembra a corte de Maria Antonieta e que é, também, «uma referência à nobreza portuguesa, representada na própria morada», a Rua Duque de Loulé.

A brasserie estende-se ao longo de um corredor com ambiente intimista, onde as divisórias envidraçadas e as janelas arredondadas, a par dos sofás decorados com mantas no encosto, fazem lembrar os vagões de um comboio. Nas mesas, há pratos Costa Nova em forma de folha de videira, detalhe que alude ao mote deste restaurante que se apresenta, nas palavras da chef Flora Mikula, como o «único da cidade que combina a comida francesa e os vinhos do porto e do Douro».

A chef parisiense, responsável máxima pela cozinha dos hotéis do grupo Millésime, detentor do Cocorico, explica que o Porto foi a escolha natural para dar o primeiro passo na internacionalização da marca, tendo em conta que «o trabalho é focado em regiões onde há vinhas e bons vinhos». A carta é um mapa da cozinha francesa, com o nome dos pratos complementado pela indicação da região de origem.

Nas entradas, destaca-se a sopa fria de tomate e manjericão, um creme fino e adocicado com chantilly de queijo de cabra oriundo da Provença, servido com uma madalena de azeitona. Flora Mikula nota que «os portugueses gostam muito de carne» e, por isso, a oferta de carne é vasta. Sobressai a vaca de Borgonha e o tenro magret de pato, do sudoeste francês, guarnecido com espargos verdes, molho de estragão e batata dauphine. No peixe, a tarte fina de salmonete é uma surpresa que combina a base de massa folhada com o toque salgado do peixe e vem acompanhada de pequenos legumes biológicos e creme de alcachofras.

Para terminar, há sobremesas como a granola caseira de frutos vermelhos com sorvete de requeijão, e o mil-folhas de frutos vermelhos, que põe a acidez de amoras, mirtilos e framboesas em contraste com o doce creme de baunilha e amêndoa.

Além da carta principal e do menu do dia (prato, bebida e entrada ou sobremesa, a partir de 16 euros), está disponível o menu «A toda a hora», que inclui petiscos como tapenade de azeitona e terrina de foie gras de pato.

O Cocorico tem ainda um terraço que é um mundo à parte para quem chega da movimentada Duque de Loulé. Ali, só se ouve a água que cai das fontes embutidas nas paredes de azulejo. O olhar, esse, prende-se nos galos da parede, símbolo de Portugal e França e testemunhas de uma simbiose que se espera tão feliz como a amizade entre os dois países.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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