Porto: No novo Semea há petiscos para partilhar

O novo projeto de Vasco Coelho Santos está instalado numa das ruas mais turísticas da cidade. No Semea, o chef deixou de lado os menus de degustação que caraterizam o seu outro restaurante - Euskalduna -, a favor dos pratos para partilhar.

A qualidade do produto e a informalidade são pontos que Vasco Coelho Santos quis manter em comum com o Euskalduna. Semea, refira-se já, é nome com duplo sentido. Por um lado, é uma referência ao pão (farelo), por outro, mantendo a toada do primeiro restaurante, é uma palavra basca, que significa «filho».

Pai e filho partilham o chef – o mesmo que foi distinguido com o Chef Revelação de 2017 nos prémios Mesa Marcada – e algumas das mesmas ideias. Mas a experiência é para ser diferente. Se no primeiro, aberto no final de 2016, o foco está cem por cento na comida e na sua preparação – a cozinha é aberta e o balcão o sítio ideal para se saborear o menu de dez momentos –, neste o que há são petiscos para partilhar num ambiente com maior diversidade de clientes, ou não se situasse numa das ruas mais turísticas do Porto. E a assinatura do chef está lá, principalmente no que ao tratamento dos produtos diz respeito. «Como temos uma cozinha mais pequena», diz Vasco, «algumas coisas têm de ser preparadas no Euskalduna como o kimchi ou o pão», de fermentação longa e de trigo integral.

Além dos petiscos que estão na carta, há propostas diárias criadas segundo os produtos disponíveis no dia.

Na verdade, o restaurante aberto no início do verão está a crescer e a procurar o seu caminho, até porque não foi um filho planeado. O sítio apareceu por acaso e o chef quis aproveitar a oportunidade. «Só criei o conceito do restaurante depois de ter o espaço», admite. Mas a certeza é que o estilo do chef está presente: «Trabalho ao mesmo estilo os ingredientes, à portuguesa», diz.

Na primeira carta, que esteve disponível até ao início desta semana, havia um piscar de olhos a projetos em que Vasco esteve envolvido. Por exemplo o frango frito à BaixóPito (o restaurante que dirigiu na Rua da Picaria) ou a rabanada, um dos sucessos do Euskalduna.

Mas o chef não consegue estar sempre a fazer a mesma coisa, e a carta, também a pedido de muitos clientes já fiéis, é para mudar com regularidade. E além dos petiscos que estão na carta, há propostas diárias criadas segundo os produtos disponíveis no dia. Tal pai, tal filho, como diz o provérbio.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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