Porto: Na Queijaria da Praça cada queijo tem uma história

Queijaria da Praça (Fotografia: Miguel Sousa/GI)
Ao balcão da Queijaria da Praça descansam mais de 50 variedades de queijos artesanais, cada qual com uma história para contar. Chegam também à mesa, na companhia de vinhos, cervejas e compotas.

Quando Diana Guedes se lançou na aventura de abrir uma queijaria dedicada aos queijos artesanais, não se contentou em aprender apenas a teoria. “Mais do que ler em livros queria presenciar e perceber a história por trás de cada queijo”, admite. Por isso, não teve meias medidas e meteu pés ao caminho, juntamente com Rui Seixas, também envolvido no projeto.

Durante uma semana, o casal fez uma roadtrip entre o Porto e Madrid, visitando várias queijarias pelo caminho, entre elas a espanhola Cultivo, um dos seus principais fornecedores. “Além de produzirem os seus próprios queijos também recebem de outros produtores para afinar e maturar até estarem prontos para comercializar”, esclarece Diana.

Chegados à Queijaria da Praça, é ela quem assume o cuidado das mais de 50 variedades que preenchem o balcão. “Todos os dias tenho de cuidar dos queijos, de os acarinhar”, lembra.

Todos eles são feitos de forma artesanal, por pequenos produtores portugueses, como é o caso do premiado Monte da Vinha – medalha de ouro no World Cheese Awards 2019 -, e internacionais, na maioria de Espanha, mas também com origem na França, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça e Reino Unido. Uma seleção que Diana vai alterando, para dar a conhecer novos produtos e novas histórias, e onde há espaço para várias edições limitadas e alguns queijos especiais, como o Challerhocker. “É produzido por uma família na Suíça, que tentou fazer um Appenzeller [uma especialidade de queijo suíço] mas o resultado acabou por ser ainda melhor”, assegura Diana.

O casal escolheu a Praça Marquês de Pombal para criar um espaço que se afirma como um promotor da cultura do queijo, e onde há uma regra basilar: antes de levar o queijo para casa o cliente prova-o ali, “para que saiba exatamente o que leva”, justifica Diana. Até porque a aparência pode muitas vezes induzir em erro quanto à sua textura e sabor.

A conservação dos queijos exige que a sala esteja sempre a uma temperatura baixa, mas para enfrentar o frio há mantas que aconchegam enquanto se prova uma das tábuas de queijos – no andar inferior há ainda outra sala para degustação, com temperatura mais amigável.

Cada tábua foi batizada com o nome de uma praça do Porto – Flores, Poveiros, Marquês, Batalha e Liberdade (esta feita à medida) -, e todas são acompanhadas por compotas caseiras da Greenalyn, frutos secos, crackers e pão de fermentação lenta da Garfa. Para harmonizar há também cerveja artesanal da Levare e vinhos nacionais, que tanto Diana como Rui ajudam a escolher, para fazer o melhor casamento com cada queijo. Todos estes produtos, à exceção do pão, também estão à venda na loja, para que se possa replicar a experiência em casa.

Queijo e chá
Para acompanhar as tábuas há ainda uma linha de chás da marca Click, de produção biológica, pensados para harmonizar com diferentes tipos de queijo. Uma combinação invulgar e surpreendente.

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