Porto: a cozinha mediterrânica de fusão dá cor aos pratos do Monteen

O kebab está na carta desde a abertura do restaurante, e é um dos pratos que mais sai. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
A influência israelita é transversal a praticamente toda a carta desta casa, mas ali a ideia é trabalhar a comida mediterrânica, com toda a liberdade e sabor.

A base da cozinha do Monteen é israelita, mas o que ali se faz é cozinha mediterrânica de fusão, assevera Shanny Alma. Importa esclarecer este ponto porque a carta é eclética e apresenta pratos como ceviche de dourada e um outro com marisco – neste caso, lulas – algo que os judeus não comem. Mas no Monteen o que interessa é o sabor, algo que Gil (diz-se “guil”), o namorado, leva muito a sério.

Shanny é uma das metades do Monteen, que se completa com Gil. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)

O Monteen encontra-se na zona da Trindade, no Largo do Dr. Tito Fontes. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Na bagagem para Portugal, onde aterrou há dois anos na companhia de Shanny, Gil trouxe muita experiência em restauração. Já Shanny deixou para trás a função de gerente num projeto de comida vegana e biológica em Telavive. A decisão de abrir um restaurante na cidade pela qual se apaixonaram foi óbvia, até porque encontraram pontos em comum com os portugueses, como o gosto por especiarias e por pão, que ali é confecionado e cozido todos os dias.

No mazets (entradas) é servida focaccia, acompanhada por húmus tradicional, um delicioso baba ganoush, cremoso e de sabor fumado, pickles e uma emulsão de tomate. No kebab, o pão usado é lahoh, uma espécie de panqueca fina e leve com especiarias, típica do Yemen, que absorve todos os sucos da carne de vaca que o coroa. O kebab, à semelhança da couve-flor frita, da beringela torrada com salada de tomate, salsa, sementes e tahini, e do filete de dourada com vegetais, limão e tomate, estão na carta desde a abertura, tendo uma legião de fãs.

As entradas dão a conhecer a base dos sabores israelitas, em propostas como o húmus e o baba ganoush. (Fotografia de Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Transversal às criações é a frescura e o equilíbrio de sabores e de texturas, conseguido recorrendo a ervas aromáticas, vegetais e legumes frescos, sementes, sumo de limão, especiarias e vários tipos de confeção, sejam grelhados, fritos, queimados. Na “grande aldeia” que é o Porto, Shanny e Gil querem que o Monteen seja um lugar onde possam receber quem, como eles, gosta “de partilhar, de falar e de comer com as mãos”.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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