Pizas caseiras e sobremesas gulosas em Famalicão

Da cozinha aberta saem «pizas e comida simples», daquela que se faz e se partilha em família, o que a torna sempre mais saborosa.

À mesa do Capicua não há lugar para maneirismos. É de madeira, pintada de azul e propositadamente coçada, ao estilo rústico, e onde cabe sempre mais um. Na acolhedora sala de tons celestes também não há espaço para televisão, pelo que quem aqui entra não tem outro remédio senão conversar com a companhia, enquanto saboreia as pizas e massas caseiras que aqui se preparam.

Mas, atenção, «não é um restaurante italiano», esclarece logo Bruno Vieira, o proprietário, mais uma extensão da cozinha lá de casa, onde tudo é feito de maneira despretensiosa e da forma mais familiar possível.

É que ao lado de Bruno está também a esposa Daniela e o primo João (o pizzaiolo), mas a verdadeira inspiração do Capicua são as filhas do casal, a Mafalda e a Maria, a mesma que dá o nome à piza Maria Diabo, adivinhe-se porquê. «Elas gostam muito de ajudar e de sugerir nomes e novos pratos», conta Bruno.

Mas não ficam por aqui os laços familiares que dão forma a este restaurante. Os enchidos usados nas pizas chegam aqui diretamente do talho do pai, Raul Vieira, feitos artesanalmente, «na mesma estufa que a minha avó utilizava há 50 anos», lembra Bruno.

Outro elemento diferenciador é a utilização de produtos frescos e de produção local nos pratos que preenchem a ementa, como a Lasanha da Mamã, «é a minha mãe que faz, com a receita dela, tudo o resto, massas e saladas, sou eu que faço e a cada passo temos outras sugestões, como os rojões por exemplo».

No outro lado da carta, ao cargo do primo João, estão as pizas caseiras, de massa fina e estaladiça, com combinações que surpreendem. Caso da Vai Litos, de sabores intensos, feita com dois tipos de cogumelos frescos, mozzarella, chouriço e regada com um fio de azeite com infusão de trufa. Ou ainda de uma piza que na vez do molho de tomate tem uma base de pasta de cogumelos. «Fazemos à nossa maneira e tentamos fugir do que toda a gente usa e do padrão industrializado», admite Bruno.

Para refrescar há ainda cervejas artesanais, vinhos de pequenos produtores ou a sempre fiel sangria. A lista de doces também seduz ao olhar, seja a mousse de oreo, a tarte de maçã com crumble e bola de gelado, bolo de maçã e canela ou até bolo de chocolate com mousse e granola crocante. Mas, acima de tudo, o que nunca falta nesta casa é boa disposição e tema de conversa, o acompanhamento ideal a qualquer mesa de família.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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