O mundo misterioso e mafioso dos gangsters americanos e das famílias italianas inspirou vários elementos: o nome das pizas, a decoração a vermelho e preto, os quadros de homens perigosos, como Corleone e Bugsy Siegel, afixados na parede. Esta pizaria artesanal de Aveiro mudou o visual, mas a temperatura continua a mesma. O forno a lenha trabalha a 400 graus, a temperatura considerada ideal para cozinhar a piza como deve ser.
Os ingredientes são italianos, a mozarela é fresca, a massa é fina e estaladiça, e o forno está à vista dos clientes. E as pizas de produção tradicional são a especialidade da casa. Com nomes mafiosos, pois claro. A Al Capone tem tomate San Marzano, mozarela fresca, salame picante, rúcula e parmesão. A Corleone é feita com ricotta, mozarela fresca, cheddar, parmesão. Bugsy Siegel é mais terra-a-terra, com pesto, bacon, azeitonas, cebola, além de mozarela e parmesão. Estes dois últimos ingredientes repetem-se num não menos mafioso Frank Costello com ricotta, ovo e presunto de Parma. Há outros ingredientes que os cozinheiros colocam em cima da base, como creme de trufa branca, tomate semisseco, cogumelos, anchovas.
«Temos um produto de qualidade e o gosto dos clientes é que manda», diz Carlos Filipe, gerente da pizaria, licenciado em gestão e cozinheiro de serviço. Aprendeu a fazer pizas com especialistas italianos. «É uma pizaria simples, o que interessa é a comida». A carta acompanha o espírito «mafioso», dos padrinhos, dos negócios obscuros, feitos pela calada. «Se ninguém viu é porque não aconteceu» é a frase que abre as sugestões de bebidas onde está sangria com espumante de lambrusco branco ou rosé e limoncello. «Há sempre um traidor» é o mote das saladas que têm vários ingredientes à escolha. Nas sobremesas – tiramisú, panna cotta e pizzetta com Nutella –, um nome ainda mais sugestivo: «Vou-te fazer uma oferta que não vais recusar». Quem se atreve a dizer «não»?
Longitude : -8.648621100000014
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