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Petiscos caseiros e em conta numa “taskinha” familiar, na Póvoa de Varzim

pataniscas com arroz de tomate, polvo com molho verde e rojões são algumas das especialidades d'A Taskinha. (Fotografia: Pedro Correia/GI)

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À porta, duas pipas de vinho com tampo de madeira e quatro bancos fazem a pequena esplanada, de frente para a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Lá dentro, num espaço acolhedor, uma dezena de mesas. Ao fundo, de um lado, a garrafeira com mais de 60 vinhos e uma coleção de máquinas de filmar, que é uma verdadeira viagem no tempo; do outro, dezenas de fotografias de caras que por ali passaram. Da cozinha, vem o cheirinho a petiscos caseiros.

Pataniscas, polvo com molho verde, rojões, orelheira de porco, alheira de caça, cogumelos, moelas fritas com cebola caramelizada, chouriço assado, raia, pica-pau, pimentos padrão, salada de bacalhau e ovos rotos fazem parte da ementa. De terça a sexta, ao almoço, há prato económico a 5 euros, sempre com duas opções, mas o forte são mesmo os petiscos para partilhar, numa “taskinha” pitoresca e familiar, ao sabor de um bom copo de vinho.

 

Manuela Neto sempre viveu entre petiscos que a mãe fazia na tasquinha. Aos 12 anos, pediu de prenda um livro de receitas. O chefe Silva acabaria por ser o seu “professor”. Aprendeu a experimentar. Já adulta, largou os tachos, casou, trabalhou no comércio, até que, em 2009, no pico da crise, decidiu abrir o seu próprio espaço. Vítor Neves, o marido, abraçou a ideia. Manuela ainda guarda o livro que lhe “mudou a vida”.

Ali, n’ A Taskinha, a cozinha é dela, a sala dele. Nenhum empregado. É assim há 12 anos e fazem questão que assim continue. “O segredo? São os produtos de qualidade. Tudo fresco, do comércio tradicional”, explica Manuela. A mercearia é ali ao lado, o talho a 500 metros, os frescos vêm do mercado local, o peixe do barco da vizinha, os polvinhos são da costa. “Não há congelados e é tudo feito na hora”, conta.

 

Vítor arranja a sala e trata dos vinhos. Tem 60 diferentes e mais de 400 garrafas. É um apreciador, fala das quintas e das colheitas, ajuda a “casar” vinho e petisco. Por cima da garrafeira, a sua outra paixão: o filme e a fotografia. Do velhinho projetor que ganhou aos 17 anos ao cortador de filme e às Super-8, há ali uma coleção de respeito. Carlos Carvalhas e os donos de algumas das quintas de vinho figuram nas fotografias penduradas ao fundo. É que, entre um e outro petisco, Vítor ainda tem tempo para o “hobby”.

 

Menu do dia: 5 euros (bebidas, sobremesa e café são pagos à parte)
Especialidades: pataniscas com arroz de tomate, polvo com molho verde, alheira de caça, rojões e peixe fresco
Sobremesas: rabanadas e leite creme

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