Paleo Kitchen: neste restaurante não entra açúcar nem glúten

É um regresso ao passado que se quer no The Paleo Kitchen, restaurante com pratos paleo que abriu no Saldanha, em Lisboa, há quase dois meses. Sem fundamentalismos e com mente aberta para provar pão da «idade da pedra» e sobremesas... sem açúcar.

Não entram açúcares, glúten, aditivos, cereais nem laticínios no número 31 da Rua Latino Coelho desde que o The Paleo Kitchen ali abriu portas, no início de outubro. Ainda assim, este não é espaço para fundamentalismos. «O meu marido ainda prefere as feijoadas e os churrascos», diz Sandra Monteiro, enquanto se senta à mesa com um wrap que leva claras e ervas, em vez do fino pão.

Mais do que proprietária do restaurante, Sandra faz deste regime alimentar a sua filosofia, desde que foi diagnosticada como doente crónica respiratória, em 2013. Voltou-se para o crossfit e do desporto para esta alimentação, que considera ter causado impacto na luta contra a doença. «Um dos especialistas nesta área, Loren Cordain, defende que a nossa genética só se alterou 0,02 % desde o paleolítico, ao contrário da nossa alimentação.»

É por isso um regresso – ainda que moderado – ao passado o que acontece neste restaurante, decorado com plantas, grandes vidraças que deixam entrar a luz, e até candeeiros feitos a partir de materiais de antigas fábricas da Rolls-Royce.

 

O «stone age bread» com húmus de beterraba

O «stone age bread» com húmus de beterraba

 

Há mais de 2,5 milhões de anos não existia agricultura, mas não é por esse motivo que se deixa de comer tubérculos como batata-doce e inhame no The Paleo. E sobretudo muitos vegetais e saladas. «O que me surpreendeu quando comecei a pesquisar foi descobrir que, além das carnes e dos peixes, a alimentação era muito baseada em vegetais», conta.

Mente aberta é o que se pede a quem não dispensa o tradicional pão à mesa, aqui trocado por um «stone age bread», sem farinha, mas com um aglomerado de sementes e frutos secos, que pode ser barrado com um húmus de beterraba. A carta, revista por um nutricionista, deverá mudar no próximo ano, mas até lá é possível provar pratos como sopa thai, caril de legumes, tártaro de novilho, polvo de pesca sustentável com batata-doce e especiarias, além de atum braseado com uma generosa porção de salada de cebola roxa, caju, gengibre e chilli.

 

A carta tem vários sumos que misturam fruta e vegetais.

Nada impede os doces de preencherem o longo balcão, de onde saem ainda cafés biológicos de torra artesanal. Em alternativa à comum farinha de trigo, usam-se moagens de coco e também o excedente de amêndoa, desidratado, depois de usado no leite vegetal. Para adoçar o brownie de batata-doce, a tartelete de caramelo salgado e a de merengada não faltam alternativas ao açúcar refinado, como mel, doce de agave e xarope de coco.

No The Paleo Kitchen há também pequenos-almoços, wraps para comer a qualquer hora do dia e sumos que juntam fruta e verduras no mesmo copo. São coloridos, tal como a alimentação paleo que Sandra quer ter por aqui.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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