Uma nova lista de “opções pautadas por sabores quentes e reconfortantes”, segundo anuncia o Palácio Chiado, está, desde o final de outubro, disponível a quem visita este bar e restaurante em Lisboa. O novo menu de outono/inverno, assinado pelo chef transmontano Manuel Bóia e executado pelo chef residente Bruno Almeida, traz novidades das entradas às sobremesas, muitas delas com produtos da época, acompanhadas de cocktails que mudam todos os meses.
Nas entradas, há agora carpaccio de veado com molho de mostarda e aguardente velha; gyosas de novilho; escalope de foie gras com uvas salteadas; e queijo chèbre em cura de carvão vegetal caramelizado, como novas opções aptas a seguir-se ao couvert.
Explorando os pratos principais, os clientes encontram também agora polvo à lagareiro de forma tradicional com crumble de broa de milho; risoto de camarão-tigre e tinta de choco com aneto e lima; tranche de cherne com batata-doce laranja, broccolini salteados e rama de aipo glaceado; entrecôte de angus e fraldinha da América do Sul, ambos com possibilidade de trazer batata palito frita, molho com trufa e esparregado de espinafres.
Para vegetarianos, o chef Manuel Bóia criou um prato de beringela assada com queijo da ilha de São Jorge, e tagliatelle fresca com molho de trufa e parmesão. Em matéria de sobremesas, são novas a mousse de chocolate 70% de cacau, com frutos vermelhos e crumble de amendoim; as farófias com creme inglês e baunilha; e a torta de laranja com gomos de toranja e laranja e sorbet de tangerina.
Os cocktails, clássicos ou de autor, articulam-se com bebidas destiladas, vinhos e mocktails, sendo que todos os meses há duas receitas novas sugeridas num encarte ao menu. Para prolongar a noite, há que descer um piso até ao bar Salla, onde às quintas, sextas e sábados a partir das 22 horas DJs residentes e convidados passam “house music”.
A construção do Palácio Chiado, com uma arquitetura próxima à que hoje é conhecida, remonta a meados de 1781. Subir as suas escadarias é recuar aos tempos em que Joaquim Pedro de Quintela, 2º Barão de Quintela e 1º Conde de Farrobo, organizava grandes festas para amigos e convidados. Foi nessas festas que nasceram as expressões ‘farrobodó’ – entretanto popularizada como ‘forrobodó’-, e “à grande e à francesa”.
Nas suas muitas vidas passadas, o Palácio Chiado acolheu o Museu Instrumental Português e o IADE, até ser restaurado e devolvido à cidade, em 2016. Deste então tem vindo a aproximar-se da gastronomia e da boémia originais, pelas mãos de um coletivo de inteletuais, artistas, arquitetos, chefs, mixologistas e DJs.
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