No Sicario – Taqueria Mexicana não há comida texana-mexicana, que é, erradamente, muitas vezes associada à verdadeira comida do México. Portanto, no cardápio do Sicario, não se encontram burritos, nem nachos com queijo cheddar. Há, isso sim, comida de rua e receitas tradicionais mexicanas, daquelas que se fazem em casa das avós.
«Quando como a cochinita [um prato à base de porco], lembro-me logo do México. Leva chile habanero, que é o molho que se come na região sul. É o que eu comia em casa da minha mãe e da minha avó», confirma o chef Carlos Mané, originário de Yucatán. Outra vontade do chef, foi tentar representar na carta, que não tem divisões rígidas, várias regiões do país. Se a cochinita é típica do sul, o filete tampiqueña, um bife de vaca com batatas assadas, feijões fritos e cebola grelhada come-se muito no norte.
A representar as áreas costeiras estão o taco de polvo, com alho, alcaparras e azeitonas, cozido na sua tinta, e o ceviche de pescado, preparado com robalo fresco marinado com laranja azeda, cebola vermelha e pimento amarelo. Nas sobremesas, Carlos também fez questão de escolher receitas bem mexicanas, como o flan de cajeta e tequilla – um pudim feito com leite de cabra e que é a sobremesa preferida do seu avô – e o sorbet de mango, uma referência ao grande consumo de sorvetes, ou “nieves”, no México.
A cerveja Corona ou uma Margarita são as escolhas mais óbvias, no que toca a bebidas, mas sugere-se explorar outras opções, como a Michelada, descrita como «cerveja como os mexicanos bebem» e que junta sumo de tomate, sumo de lima, tabasco, molho inglês e uma cerveja à escolha, ou o cocktail Sicario, a especialidade da casa, com tequila reposado, sumos de lima e limão, maçã verde e clara de ovo.
Embora se recomende uma visita sem pressa, de preferência ao jantar, o Sicario está aberto ao almoço, e serve um menu executivo, com entrada, um taco e bebida. Uma viagem aos verdadeiros sabores mexicanos.
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