Os nossos restaurantes favoritos em 2021

O Japão serve-se ao balcão no novo Kappo, em Cascais
O Kappo, em Cascais, foi um dos restaurantes favoritos da equipa da Evasões em 2021. (Fotografia: DR)
Escolher os lugares que nos arrebataram na hora da mesa é sempre difícil, porque muitas mesas onde fomos felizes ficaram para trás. Porém, escolhemos entre aqueles restaurantes que nos arrebataram pela comida, espaço, serviço, histórias e por aquilo que é, afinal, a magia que supera a soma destas partes.

# Chez Gilbert | Tomar
O belga Gilbert Van Lee descobriu Tomar quando comprou uma casa em Dornes, a 15 minutos dali. Ao princípio concentrou-se na cozinha francesa, mas a pandemia obrigou-o a estender à
gastronomia grega. Lá dentro, embora o ambiente remeta para um eterno verão nas ilhas gregas, as imagens continuam a contar a história da música e do cinema franceses. Na cozinha, Gilbert vai preparando carpaccio de vieiras com foie gras, caviar e toranja, tártaro de atum de barbatana amarela com Granny Smith, foie gras e um pistácio desintegrado, ceviche de camarão jumbo com coentros, entre outras iguarias. PSL

Chez Gilbert (Fotografia: Maria João Gala/GI)

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

# Bairro ao Rio | Abrantes
A travessia da barragem de Castelo de Bode esconde um segredo bem guardado: o Bairro ao Rio, na Aldeia do Mato. Basta atracar o barco e percorrer o caminho a pé. Lá dentro estará Miguel Francisco, que há 7 anos decidiu apostar nesta paixão antiga pela região, e dar ao peixe do rio um lugar de destaque. O desvio impõe saborear lúcio-perca grelhado, devidamente acompanhado com migas e açorda de ovas. Há quem opte pelo mais comum achigã, ou ainda pelo naco de carne ou pela costeleta de vitela. Seja pelo que for, o restaurante conta com uma clientela fiel que ajuda a contar uma história tão intensa quanto o rio Zêzere. PSL

Bairro ao Rio (Fotografia: Maria João Gala/GI)

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# Kappo | Cascais
Tiago Penão sonhava abrir uma escola de surf mas hoje desafia as ondas da cozinha nipónica, à frente do Kappo, que abriu no centro cascalense, depois de um percurso em moradas Michelin (como o sueco Frantzén e o sintrense Midori). Ali, junta-se tradição e minimalismo, numa relação de proximidade entre chef e comensal, apoiada em cozidos a vapor, caldos, grelha a carvão, frituras e crus. A lógica omakase (“ficar nas mãos do chef”) impera nos menus de degustação, onde couberam este ano propostas como sapateira de Cascais com gelatina de tosazu, amêijoas de Aveiro cozinhadas em saké, ou fígado de tamboril com wasabi fresco. Imperdível é a lula gigante dos Açores em sashimi. NC

Tiago Penão, do Kappo. (Fotografia: DR)

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# Midori | Sintra
A cozinha e a técnica podem ser japonesas, mas a alma do Midori será sempre portuguesa. É deste equilíbrio que vive o restaurante liderado por Pedro Almeida, detentor de uma estrela Michelin. A visita da Evasões, após a reabertura do espaço, no verão, coincidiu com a prova de novas e clássicas propostas, fiéis à ótica kaiseki (fine dining japonês assente no produto da estação), como a sopa de miso de bacalhau com coentros, do carabineiro curado com puré de cenoura algarvia, da couve dengaku com pilpil de bacalhau ou dos niguiri, onde brilham gamba riscada, lula, atum, toro e cogumelos. A vista não fica aquém do que chega à mesa, de olhos postos nos jardins do Penha Longa e na Serra de Sintra. NC

Midori (Fotografia: Martin James)

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# Alma Nómada | Porto Covo
Ao fim de seis anos como chef residente no Loco, Ricardo Leite decidiu trocar a agitação lisboeta pelas ondas da costa vicentina e abraçar o restaurante Alma Nómada, num parque de campismo em Porto Covo. E ainda bem, pois tem ajudado a colocar a região na rota da alta gastronomia, com a sua cozinha de autor baseada nos produtos locais e com técnica apurada. A avaliar pela ambição do projeto hoteleiro para ali projetado, o chef promete dar muito que falar no futuro. AR

Alma Nómada (Fotografia: DR)

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# Fifty Seconds | Lisboa
Filipe Carvalho já tinha sido apontado como Chef de L’Avenir (chef do futuro) pela Academia Internacional de Gastronomia, em 2020, e este ano manteve a fasquia igualmente elevada no Fifty Seconds, onde é chef residente. Os pratos de época com carabineiro, pombo royal e romã – recentemente introduzidos na carta – atestam a sua mestria na cozinha e permitiram renovar a estrela Michelin do restaurante, assinado pelo chef basco Martin Berasategui, na última edição do guia vermelho. AR

Fifty Seconds (Fotografia: DR)

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# Seiva | Porto
No Seiva, o chef David Jesus trabalha, sobretudo, uma cozinha de base vegetal, com aquilo que a terra a cada estação, injetando-lhe criatividade e as técnicas que trouxe dos Michelin por onde passou, como o Feitoria, o Fortaleza do Guincho, o Quique Dacosta (Valencia), o DiverXO (Madrid) e o Frantzen (Estocolmo). Geralmente, o ponto de partida são pratos bem conhecidos, como paella ou lasanha, os quais o chef vai adaptando a cada estação e dando o seu toque, ora introduzindo raízes no primeiro, ora dando uma roupagem mais oriental ao segundo. A carta muda com frequência, a fim de acompanhar a sazonalidade, e tem sempre uma proposta do dia, de carne ou de peixe. ALS

Seiva (Fotografia: José Carmo/GI)

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# Oficina da Esquina | Angra do Heroísmo
A Oficina da Esquina, o novo restaurante do chef Vítor Sobral em Angra do Heroísmo, na Terceira, Açores, faz a alegria de quem gosta de petiscar. Para a mesa vêm delícias como espadarte com tangerina e araçá, ou açorda de tomate com carapaus para comer à mão, entre outros pratos dados à partilha e que variam consoante os produtos disponíveis – essencialmente açorianos, muitos da própria ilha. A experiência pode ser completada com uma estadia no aparthotel The Shipyard, que acolhe o restaurante. São ambos inspirados pelo oceano, bastante próximo. CF

Oficina da Esquina (Fotografia: Artur Machado/GI)

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# Kampo | Funchal
Cornetos de atum, uma entrada de sardinha, beringela e maracujá, bochecha de porco com esmagada de batata e farinheira… É de propostas assim que se faz uma ida ao Kampo, do chef Júlio Pereira, no Funchal, Madeira. No âmbito do projeto “Kampo de Partilha”, já passaram por lá chefs convidados com estrela Michelin, mas o ambiente é bem descontraído. O restaurante, com lugares à mesa e ao balcão, fica num primeiro andar, sendo o piso térreo ocupado pela padaria Kôdea, da mesma família. E nada como o pão de fermentação natural de fabrico próprio para começar a refeição. CF

Kampo (Fotografia: Artur Machado/GI)

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# Rio | Vila do Conde
Para o chef Paulo André, “os pratos têm de ter cor, movimento, textura, sabor e aroma”. Essa conjugação de elementos está presente em cada sugestão do Rio, o restaurante que abriu, em nome próprio, na sua Vila do Conde natal. Fica na Praça da República, inclui esplanada com vista para o Ave, mas os olhos têm muito com que se entreter, entre o que vai para a mesa (pratos com múltiplas camadas e apresentação esmerada) e a decoração (cuidada e intimista). É conforto o que chega da cozinha, é conforto o que se sente na sala. Com margem para boas surpresas, claro. CF

Rio (Fotografia: Artur Machado/GI)

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# Gruta | Porto
É cozinha de autor a preço acessível o que se serve no discreto Gruta, aberto no verão. Ali, a chef Rafaela Louzada aposta nos peixes e nos mariscos portugueses, proteínas com as quais se começou a encantar nas idas ao mercado de peixe da cidade brasileira de Niterói, com o pai, quando ainda era pequena. Passou pelo belga Le Chalet de la Forêt e pelo restaurante gastronómico The Yeatman, antes de se instalar na Rua de Santa Catarina, onde dá a provar uma aveludada moqueca de peixe, o lobster roll – um brioche recheado com lavagante azul da costa e maionese de kimchi -, e raviolis com queijo da Serra e cogumelos. ALS

Gruta (Fotografia: Igor Martins/GI)

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# Sala Meat.Ing Point | Porto
O Sala ocupou este ano o último andar do exclusivo Ateneu Comercial do Porto. A decoração requintada e de bom gosto do espaço combina na perfeição com as carnes “premium” que são a imagem de marca do restaurante. A carta é sucinta, além das suculentas peças servidas em tábuas, só há dois pratos ditos tradicionais: pojadouro selado na grelha ou bochechas de novilho. Há ainda vários acompanhamentos para promover a ideia de partilha. São sempre produtos de primeira qualidade e confecionados do modo mais natural possível. Um restaurante elegante e acolhedor que faz jus à história centenária do Ateneu. TRA

Sala Meat.Ing Point (Fotografia: Artur Machado/GI)

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# Cúmplice | Porto
É uma das mais recentes steakhouses da cidade. Irmã do Muu, na Rua do Almada desde 2017, diferencia-se por ter mais oferta de cortes e de maturações de carne, mas o ambiente e o cuidado com o cliente é o mesmo. “Além de cortes similares como o t-bone, o tomahawk e o costeletão, acrescentaram picanha -, servida em “corte de steakhouse, mais grosso do que é o habitual, o que muda consideravelmente o sabor”, refere Pedro Brito, um dos proprietários, e costeletão com maturação de 60 dias. As restantes carnes têm uma maturação mais curta, de cerca de 30 dias, “para o sabor não ser muito intenso e agradar, assim, à maior parte das pessoas”. LM

Cúmplice (Fotografia: Igor Martins/GI)

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# Louro | Viana do Castelo
As raízes minhotas da jovem dupla que lidera o Louro – Ana e André – estão na base de todo o projeto. Conheceram-se na Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo e quando voltaram a cruzar-se, anos depois, escolheram o concelho para abrir um restaurante gastronómico. Queriam um lugar “onde se fosse de propósito para comer” e o recato de uma casa ajardinada na aldeia de Torre convida a isso mesmo. André assina uma cozinha de autor que vai beber ao receituário regional. Os produtos da época ditam a carta e são aproveitados ao máximo, de forma a diminuir o desperdício. É exemplo o suave gelado de sementes de abóbora que contrasta com o doce recheio das Meias Luas, uma especialidade de Viana reinventada. AC

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# Alkimya | Covilhã
Fica num belo edifício do centro da Covilhã este restaurante que resulta de um regresso às origens de Jorge e Elga. Na cozinha está Sandra Duarte, angolana com raízes beirãs, cozinheira autodidata com um talento arrebatador a fazer sair pratos soberbos de uma minúscula cozinha. O receituário regional é por ela preservado e desafiado, proporcionando uma experiência memorável, da tradicional panela no forno aos pratos vegetarianos com os produtos locais. Um restaurante onde voltar muitas vezes. Porque até se pode, graças a um menu do dia a 12,5 euros. DM

Alkimya (Fotografia: Miguel Pereira da Silva /GI)

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# Mesa de Lemos | Viseu
Esperar os momentos de uma refeição no Mesa de Lemos tem um tom de receber surpresas de Natal. A comida chega festiva e algo misteriosa, com cada prato (ou coletivo de pratos, como se fossem peças de um puzzle) a fazer-nos aumentar a curiosidade e o apetite para o que poderá chegar a seguir. Parece que o chef Diogo Rocha não desiste de trabalhar cada ingrediente até não poder extrair mais dele – o que dizer de alguém que consegue apresentar a vulgar cenoura de sete maneiras? É, além da mesa, um prazer mergulhar na paisagem vitícola do Dão, em Viseu e num agradável restaurante moderno onde se pode apreciar em pleno como trabalha, em total paz e com grande vigor, a primeira cozinha com estrela Michelin desta região do país. DM

Mesa de Lemos (Fotografia: Reinaldo Rodrigues/GI)

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# A Peixaria | Aveiro
Antes de ser restaurante era justamente uma peixaria. O nome ficou e Rui Teixeira assumiu o comando e a arte de grelhar, que pratica à frente dos clientes num corredor a céu aberto entre as duas salas do espaço, em São Jacinto, com vista para a ria de Aveiro. É daí que saem iguarias como amêijoas e enguias. Do mar, vem mais peixe e a oferta é grande. Todos os dias, há entre 20 e 24 variedades de peixes disponíveis: robalo, rodovalho, peixe galo, rocaz, garoupa, entre outros. Também não falta carne, como vitela e lombo, bifes e entrecosto e um doce de migas de amêndoa com broa de milho, ovos e canela, uma das especialidades da casa. SDO

A Peixaria (Fotografia: Maria João Gala/GI)

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# Tasquinha da Ti Mélia | Arcos de Valdevez
No coração da freguesia de Sistelo, a antiga taberna e mercearia de Amélia Afonso, de 80 anos, foi transformada num casa de petiscos e refeições tradicionais, que nos remetem para sabores do passado. Na Tasquinha da ‘Ti Mélia’, pataniscas e bolos de bacalhau, broa e azeitonas vão para a mesa servidos em prato de barro, e o vinho branco (loureiro da casa ou de outras castas típicas) e o vinhão tinto “pinta lábios” vão na malga. Os pratos principais, posta de carne Cachena (raça autóctone) e Bacalhau à Moda das Lavradas, acompanham com arroz de feijão tarrestre ou de tomate servidos em pote de ferro. À semana, há pratos económicos, que podem ir de massa à lavrador ao arroz de feijão ou tomate com panados. APF

Tasquinha da Ti Mélia (Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

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# Sirga | Penafiel
Uma cozinha de autor sazonal e sem pressas, feita de raiz e inspirada nos produtos e sabores portugueses. É nestes pilares que se sustenta o novo restaurante do Dourwin, um alojamento ribeirinho, em Sebolido. A vista que se abre da esplanada e o aconchego dos interiores revestidos a madeira são o complemento ideal aos pratos atrativos do chef Fernando Morais. Em todos eles há algum elemento que nos afasta do convencional, como os morangos no arroz cremoso de tomate ou o bife tártaro servido com waffles. São bonitos e surpreendentes, com um quê de conforto e simplicidade, como este recanto debruçado sobre o Douro. AC

Sirga (Fotografia: Miguel Pereira/GI)

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