Os 25 restaurantes que mais gostámos em 2018

Saiba tudo ao longo desta fotogaleria.

(Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

MIDORI, Sintra

Técnica importada, produto local. Ou, nas palavras do chef Pedro Almeida, um «japonês de alma portuguesa». Chame-se o que se quiser – desde que a fusão não venha à baila -, tudo bate certo no restaurante de alta cozinha do Penha Longa Resort. Uma sopa de miso encontra-se com um gaspacho, ao lado de tosta com pó de tomate e sashimi de carapau. Há amêijoas que cruzam a técnica do Bulhão Pato e a do sakamushi, com recurso ao saké. E há nigiri de cogumelos de escabeche, de gamba riscada do Algarve, de barriga de atum com aroma a assadas de verão. E tudo isto faz sentido. Tal como fez sentido que, no segundo ano da sua nova vida como restaurante de fine dining, o Midori conquistou a estrela Michelin.

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

SALPOENTE, Aveiro

A carta de outono-inverno do Salpoente é mais um tributo às gentes e aos produtos de uma região cujas riquezas vão do mar à terra, passando pela ria de Aveiro. Ostras, carne marinhoa e uma sobremesa de ovos-moles e bolacha americana são algumas das propostas mais recentes, incluídas no menu de degustação «À descoberta de produtos da região». Há ainda um menu dedicado ao bacalhau, a especialidade da casa. Mas nenhum grita tanto «surpresa!» como aquele que põe o cliente «Nas mãos do chefe»: tem sete momentos, e é feito à medida pelo chef Duarte Eira.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

LAB BY SERGI AROLA, Sintra

A par da estreia do Midori na constelação Michelin, o Lab renovou a estrela detida desde 2017, fazendo o Penha Longa o primeiro hotel português a ter dois restaurantes estrelados no Guia Vermelho. Boas notícias para o chef Sergi Arola, ainda que o seu olhar esteja, de momento, no patamar seguinte. A entrada de Francisco Siopa para chefiar a parte de pastelaria do hotel (em setembro do ano passado), o trabalho em menus de temporada e regalos como o carrinho que queijos nacionais que entra em cena no final da refeição são fortes indícios de que o objetivo pode não estar longe.

(Fotografia: Gustavo Bom/GI)

FEITORIA, Belém

João Rodrigues começou o ano a dominar os prémios Mesa Marcada, com o primeiro lugar tanto na categoria de restaurantes como na de chefs. E levou adiante o seu projeto Matéria, com o trabalho em torno da sustentabilidade e da autenticidade dos produtos, que declina nos menus de degustação – um deles, o Terra, inteiramente vegetariano, iniciativa louvável – que serve no Feitoria. Pode não ter recebido (ainda) a merecida segunda insígnia da Michelin, mas tem, com certeza, a estrela mais sólida e brilhante do firmamento gastronómico nacional.

(Fotografia: DR)

EPUR, Lisboa

Três anos após deixar o posto (e a estrela Michelin) na Fortaleza do Guincho, o francês Vincent Farges regressou com um projeto próprio. O nome pode sugerir pureza, no sentido da ausência de truques ou, como o próprio dizia, «cozinha sem mentiras», o que não anda longe da verdade. Mas é mais do que apenas isso: resgata a constatação de Galileu, «eppur si muove» («no entanto, ela move-se»), porque também Vincent, embora aparentando ter estado três anos parado, não ficou quieto. Andou a visitar produtores, a vasculhar o país de norte a sul, para encontrar apenas aquilo que lhe interessava. O bom produto, que dispense artifícios. Para dar alimento a um restaurante que ainda vai dar muito que falar.

(Fotografia: Fernando Marques)

MESA DE LEMOS, Viseu

O restaurante da Quinta de Lemos continua a apostar numa cozinha que utiliza poucos ingredientes, procurando extrair deles o máximo sabor – nem que seja preciso passar dias a fazer um caldo. A carta mais recente é prova disso, com pratos como «Da nossa horta, a beringela» ou «Das nossas serras, O cabrito», sempre tendo por base produtos da época, da região, do país. A ambição é ir buscar tudo o que é nacional, e o mais fresco possível, segundo o chef Diogo Rocha, fascinado pela cozinha mais clássica, com muitos caldos e molhos. «Tem de ser um prato para comer de colher», diz. E é o que apetece.

(Fotografia: Tony Dias/GI)

FEELVIANA RESTAURANTE, Viana do Castelo

Entra-se na sala toda em madeira, de grandes janelas que nos fazem mergulhar no pinhal do Cabedelo, e a experiência é sempre a melhorar a partir dali. O chef Paulo André chegou ali para dar outro rumo à sua vida, abraçando o conceito de fazer combinar um restaurante (e uma taberna, ao lado) com aquele hotel de luxo informal para desportistas de ar livre. Havia que fazer, portanto, uma fusão entre cozinha de gama alta e o sadio apetite dos hóspedes que chegavam de fazer surf, kitesurf, de pedalar ou correr. E Paulo assim fez, com talento tal que apetece ir ao restaurante almoçar e jantar para experimentar todos os pratos da carta. Executa uma cozinha de autor baseada em produtos regionais – com muito peixe e marisco, muitas carnes fortes (em suma, com muito Alto Minho) – com graça nas harmonias de sabores e empratamento e, como convém, doses grandes para idênticos apetites.

(Fotografia: Rui Manuel Fonseca/GI)

KANAZAWA, Algés

Passou quase ano e meio desde que Tomoaki Kanazawa surpreendeu todos ao anunciar o seu regresso ao Japão. O seu restaurante ficou entregue, bem entregue, a Paulo Morais, o chef português mais japonês que existe, ligado a esta cozinha asiática desde o início dos anos 1990. Paulo fala sobre a técnica japonesa de apanhar o peixe (ikejime), explica o difícil processo de cultivo do wasabi e conta que, no Japão, é de mau tom espetar os pauzinhos no arroz, tal como passá-los com comida ao companheiro do lado. Os oito lugares ao balcão convidam à partilha de conhecimentos e a um jantar autêntico japonês.

(Fotografia: DR)

FIFTY SECONDS BY MARTIN BERASATEGUI, Lisboa

Um restaurante assinado pelo chef basco Martin Berasategui, a 120 metros de altura, com uma vista difícil de superar e três milhões de euros de investimento. O Fifty Seconds pode bem ser o projeto mais impactante da cidade nos últimos tempos, mas a responsabilidade não assusta Filipe Carvalho, natural de Aveiro. Foi ele o escolhido para liderar o restaurante de luxo, que tem vista para o Tejo e a ponte Vasco da Gama. A paisagem impressiona, mas a cozinha não fica atrás. Após a salada de verduras de Berasategui nunca mais se vai olhar para saladas de forma igual.

(Fotografia: Fernando Marques)

QUÓRUM, Lisboa

Porque comemos assim? Qual a origem dos nossos pratos tradicionais? E o pão? É nestas perguntas que nos deixa a pensar Tiago Santos depois de uma ida ao Quórum. O restaurante abriu no início deste ano pelas mãos de Rui Silvestre, mas a saída do chef para outro projeto no Algarve fez entrar sangue novo. Tiago Santos já praticava esta cozinha de «curiosidade» e busca pelas origens da comida portuguesa no Areias do Seixo (Santa Cruz) e chegou ao Quórum com a mesma filosofia. «O menu é baseado na forma como a nossa sociedade se alimentava entre os anos 1940 ou 1960», explica o chef do Montijo. Não há novilho, foie gras nem trufa, mas há muita técnica, muita geografia e história dos pratos. Até apetece voltar à escola.

(Fotografia: Gonçalo Villaverde/GI)

A COZINHA POR ANTÓNIO LOUREIRO, Guimarães

A visita foi feita em julho, ainda antes de o chef vimarenense dar a primeira estrela Michelin à cidade. Chovia intensamente, Portugal acabava de ser derrotado no Mundial, e por isso a entrada na Cozinha de António Loureiro foi uma benção para a alma. A sala é elegante e acolhedora, num dos largos mais discretos de Guimarães, e a garrafeira com vidraças transparentes deixa ver o trabalho do chef na cozinha. António voltou para a sua terra natal há apenas dois anos, com tanta paixão pela gastronomia tradicional como pela sustentabilidade. Não há toalhas de mesa e os produtos são aproveitados no seu máximo. Uma lufada de ar fresco, que ganhou meses mais tarde a distinção do Guia Vermelho.

(Fotografia: Miguel Pereira/GI)

FAVA TONKA, Matosinhos

Comida vegetariana e vegana de autor chega às mesas do Fava Tonka, um projeto inaugurado no verão, por Nuno Castro e Ricardo Rodrigues, responsáveis por espaços de sucesso como o Terminal 4450 e a Esquina do Avesso, todos em Leça da Palmeira. O chef Nuno Castro explora os ingredientes de época, privilegiando os biológicos, e confeciona pratos originais, como o carolino de míscaros, queijo da ilha e castanhas, afastando-se da ideia de recriar receitas da cozinha tradicional portuguesa. Além de grande parte da matéria-prima ser nacional, é proveniente de pequenos produtores.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

TSUBAKI MARQUÊS, Lisboa

No hotel Turim, a transição da hamburgueria Mouzinho para o segundo japonês Tsubaki fez-se gradualmente, até que chegou o dia de Flávio Barbosa e José Delgado se focarem exclusivamente na cozinha japonesa. A nova carta é o resultado de várias (e felizes) criações mais ou menos experimentais, como o tataki de novilho (na fotografia) e o bacalhau em tempura, e reafirma a boa relação qualidade-preço dos Tsubaki (o outro fica no hotel Turim no Saldanha), cujo nome significa camélia em japonês.

(Fotografia: DR)

SEEN, Lisboa

Pode dizer-se que chegou, viu e venceu este novo projeto do empreendedor Olivier Costa no nono andar do Tivoli Avenida – uma espécie de upgrade do original no Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Foi tudo pensado por Olivier, da cortina escura por onde se entra até à iluminação. A carta mostra que, apesar de ser um restaurante de ambiente cosmopolita, não pretende ser elitista, com pratos pensados para partilhar, um mix Portugal-Brasil, e onde se pode gastar muito ou pouco. Nota de destaque ainda para a aposta nos cocktails de autor, servidos num bar com uma árvore no meio.

(Fotografia: DR)

PESCA, Lisboa

Abriu em setembro de 2017 e rapidamente se afirmou como um dos restaurantes de visita incontornável no Príncipe Real, ou não estivesse sob a batuta de Diogo Noronha, na cozinha, Fernão Gonçalves, no bar, e Clayton Ferreira na área da pastelaria. O mote é oferecer uma cozinha de autor marítima e sustentável – o que só por si ganha relevo nos dias que correm –, com respeito pela época do pescado e marisco que o chef faz questão de serem portugueses. Tudo harmonizado com os vinhos escolhidos pelo escanção Francisco Guilherme e os cocktails arrojados de Fernão.

(Fotografia: Orlando Almeida/GI)

MEZZE, Lisboa

O restaurante em Arroios da Associação Pão a Pão foi eleito Figura do Ano na Gastronomia, pelo Congresso dos Cozinheiros, título merecido atendendo à natureza solidária do projeto (que ajudou a reintegrar refugiados em Portugal) e à qualidade alcançada no serviço e na comida. O primeiro ano de atividade trouxe uma carta de inverno com novos mezze de partilha que são o espelho da cozinha do Médio Oriente – sobretudo da Síria – em Arroios, um dos bairros mais multiculturais da cidade.

(Fotografia: Carlos Costa/GI)

CASARIO, Porto

O regresso de Miguel Castro e Silva ao Porto, onde nasceu e se firmou como um dos pais da cozinha moderna portuguesa, faz-se neste Casario, inserido no novo Gran Cruz House, na Ribeira. Os pratos de autor não descuram a sazonalidade nem o sabor tradicional, sem malabarismos ou artifícios. Casos do robalo marinado à «à portuguesa», com lima, azeite e pimenta, e polvilhado com cebolinho e funcho; da lula-bebé com cogumelos shiiitake e cebolinho; do bacalhau inspirado no Gomes de Sá mas com molho feito à base de gelatina de peixe; e do porco ibérico cozinhado a baixa temperatura, com migas de paio e couve-lombarda. Sempre com o Douro a espreitar pelas janelas.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

RUA, Lisboa

Nesta Rua cabem os diferentes sabores da street food do mundo. Depois de vencer o concurso Masterchef em 2011 e de uma fase a viver e estudar no estrangeiro, Manuel André Fernandes absorveu essas experiências e aplicou-as na cozinha que abriu no Príncipe Real, há cerca de um ano. Na carta, não muito extensa mas bem diversificada, entram pratos como cenouras glaceadas com quinoa, frutos secos e queijo de cabra, barriga de porco a baixa temperatura com maçã verde e molho de hoisin, bacalhau fresco em polme de cerveja. As asas de franco coreanas acompanhadas com kimchi e frutos secos merecem, só por si, uma visita. De margarita na mão: a do Rua inclui gengibre, manjericão e pimenta.

(Fotografia: Leonardo Negrão/GI)

SÁLA DE JOÃO SÁ, Lisboa

O novo restaurante de João Sá é uma caixa de surpresas onde a sazonalidade impera e os produtos frescos estão assegurados. Uma cozinha simples ao olhar mas complexa em sabor e execução, com os sabores portugueses como esqueleto principal. Desde que foi pai, o chef adotou uma vertente mais saudável, fazendo assentar a maioria das propostas nos legumes, no peixe e no marisco. O estufado de choco com espuma de arroz de choco, gel de limão e coentros come-se com boca e olhos, e o bacalhau grelhado não lhe fica atrás, com molho pil-pil e uma batata que é cozida, assada e caramelizada. Ou a colorida tarte de legumes de pequenos produtores, que reúne cenouras, cebolo, rabanete, beterraba amarela e nabo com puré de grão e folha de arroz.

(Fotografia: DR)

ALTINHO, Alzejur

2018 trouxe novas razões para rumar até Odeceixe. No ponto mais alto da vila, o Altinho recebe à chegada qualquer pessoa com um copo de sangria, ideia de Arnaldo Couto, proprietário que domina a arte de bem receber. O carré de porco ibérico, o entrecosto, o atum braseado em sementes de sésamo com batata-doce de Aljezur, os filetes de polvo com arroz malandrinho e os folhados de alheira são alguns dos destaques do restaurante que assenta na cozinha ibérica e onde não existe wi-fi, de propósito. «A melhor rede social é grátis, a companhia de amigos», lê-se numa mensagem escrita a giz.

(Fotografia: Paulo Spranger/GI)

SALA DE CORTE, Lisboa

Esteve sete meses encerrada mas reabriu no verão, também no Cais do Sodré, numa versão melhorada: o número de lugares duplicou, o tempo de espera diminuiu, a capacidade da câmara de maturação e da garrafeira aumentou. Felizmente, a aposta de Luís Gaspar, eleito Chefe Cozinheiro do Ano em 2017, na qualidade da carne manteve-se. Aos seis cortes de carne bovina maturada que já existiam (vazia, picanha, entrecôte, lombo, chateaubriand e chuletón) juntam-se dois novos, para partilhar. São o T-bone e a rabada de minhota galega, uma espécie de três em um: inclui maminha, picanha e coração de alcatra.

(Fotografia: DR)

TERRA NOVA, Porto

A «mesa do capitão», com vista privilegiada sobre o Douro através de uma grande janela que faz lembrar as escotilhas dos navios, é o lugar ideal para provar as especialidades desta casa no coração da Ribeira. O bacalhau é, a par das ostras, a estrela da carta assinada pelo chef Rafael Gomes, que tem no Terra Nova a sua primeira cozinha em Portugal – trabalhou durante seis anos em Londres. O fiel amigo chega primeiro à mesa numa reinvenção que junta três petiscos, um cone de massa brik com uma lasca do lombo, um bolinho envolto em farinha de milho e pele de bacalhau frita, acompanhada com ovas de truta. Depois vem o bacalhau corado, ou a saborosa massada de bacalhau, um dos pratos mais populares. Para os menos adeptos dos sabores do mar, há sempre um costeletão de novilho como opção, e ainda um prato vegetariano. Para que ninguém fique em terra.

(Fotografia: Artur Machado/GI)

APEGO, Porto

Quando, no início do verão, a alta cozinha francesa e os sabores minhotos se juntaram, nasceu um restaurante que faz querer voltar. No Apego, a chef Aurora Goy cria pratos coloridos e elegantes, inspirados nos produtos locais, da época, e nas memórias de infância. Do pai herdou o gosto pela cozinha, que começou a aprender aos 18 anos em França. Mas foi durante os verões passados no Minho, a terra natal da mãe, que conheceu os produtos portugueses que a conquistaram, e hoje compõem a pequena e irrequieta carta do Apego. Por estes dias, o menu de inverno tem sabores que confortam. Pato e cordeiro são as carnes de eleição, que não dispensam a companhia da castanha, abóbora, marmelo e outros complementos bem típicos da estação.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

VENGA, Matosinhos

Que a cozinha espanhola e a portuguesa dão um bom casamento já se sabe, mas quando a essa receita se junta a experiência e criatividade do chef Tó Mané Silva, o resultado é ainda melhor. A nova «tapiscaria» de Matosinhos junta as duas culturas no prato e fora dele. À mesa chegam tapas e petiscos: tortilla aromatizada com azeite de trufas, açorda de marisco, croquetas de presunto, polvo à galega, amêijoas à Bulhão Pato, punheta de bacalhau. E ao palco, normalmente ocupado pelas esculturas do touro da Osborne, ícone de Espanha, e da vaca açoriana, chegam espetáculos de flamenco, fado, pauliteiros ou até cantares ao desafio, em noites de celebração da cultura ibérica.

(Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

GUSTO, Almancil

Entrar no Conrad Algarve é, já por si, uma experiência impactante. Os dois espelhos de água a ladear a estrada, as palmeiras, e o edifício luxuoso lá ao fundo. O encantamento mantém-se no Gusto by Heinz Beck, detentor de uma estrela Michelin. A vista dá para a piscina central do hotel e nas noites de verão há quem fique na esplanada para não perder esta paisagem, mas é no interior que se admira um outro cenário: a equipa comandada pelo chef executivo Daniele Pirillo, vindo do três estrelas Michelin La Pergola, em Roma. A garrafeira impressiona, mas também o serviço de vinhos do sommelier Miguel Martins, que circula pela sala com o à-vontade de quem está no sítio certo. Visto de fora, quase parece um concerto de orquestra.

(Fotografia: Filipa Bernardo/GI)