Publicidade Continue a leitura a seguir

Oito novas mesas de francesinhas

A francesinha do restaurante San Gallo (Fotografia de Adelino Meireles/Global Imagens)

Publicidade Continue a leitura a seguir

A Regaleira: a mesma francesinha numa casa nova

A casa onde nasceu a francesinha, que em pouco tempo se tornou num dos ícones gastronómicos do Porto, inaugurou este ano um novo capítulo da sua história. LM

A Regaleira encerrou portas em 2018 e reabriu-as recentemente num novo espaço, na mesma rua, mantendo a identidade. Essa está explícita na carta praticamente inalterada, como no realçar dos mais de 50 anos de vida, agora exposta nas paredes e numa banca com fotografias e vários objetos.

Nessas imagens, não podia faltar o inventor da francesinha, Daniel David Silva, empregado da Regaleira que gostava de surpreender os clientes com invenções picantes. Daniel tinha estado emigrado na Bélgica e em França, onde conheceu o croque-monsieur, uma tosta mista bem crocante com queijo por cima. Daniel terá sido inspirado por esta sanduíche para criar uma versão portuense, em pão bijou, com salsicha fresca e linguiça da Salsicharia Leandro, uma fatia de carne de porco assada, fiambre e queijo. Tudo regado com um molho picante, que continua a ser um dos mais bem guardados segredos da casa.

“Nunca sofreu grandes alterações, foi projetada assim”, conta Tiago Passos, bisneto do fundador do restaurante António Abrantes Jorge, que gere agora com o irmão Francisco. A diferença é que antes não era propriamente uma refeição, foi pensada para ser lanche ou ceia”, diz. Talvez por isso, não era comum acompanhar com ovo e batata frita.

A Regaleira abriu num novo espaço na mesma rua onde nasceu, a Rua do Bonjardim. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

A francesinha terá sido inspirada no croque-monsieur, uma tosta mista bem crocante com queijo por cima. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Pão bijou, salsicha fresca e linguiça da Salsicharia Leandro, uma fatia de carne de porco assada, fiambre e queijo são alguns dos ingredientes da francesinha d’A Regaleira. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Tiago Passos, bisneto do fundador d´A Regaleira, gere o novo espaço. (Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

A francesinha teve um sucesso imediato. “Nós servíamos também mariscos e tripas, mas com a francesinha começou a vir muita gente para experimentar. Foi um ‘boom’”. Dessa época ficou também um código que ainda hoje os clientes utilizam: pedir o molho à Leixões (extra-picante). Este nasceu de uma piada futebolística. O Daniel era adepto dos Leixões Sport Club e quando a conversa com os clientes resvalava para rivalidades futebolísticas, Daniel ameaçava com “tu já vais ver quando levares com o molho à Leixões”.

Cerveja artesanal
A Regaleira tem agora uma cerveja artesanal criada para acompanhar a francesinha. O mestre-cervejeiro Gilberto Palmeira é um amigo da casa e a pedido de Tiago elaborou uma IPA leve e seca para casar com o molho picante. É servida em garrafa de meio litro e custa 2,90 euros.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Taberna Londrina: o clássico de Guimarães chega a Lisboa com as suas francesinhas

Sete anos depois de nascer em Guimarães e se estender a Famalicão, Braga, Póvoa de Varzim e Porto, a Taberna Londrina chega a Lisboa com a sua maior casa. E trouxe as francesinhas que muitos já conhecem, com o molho de sempre, feito pela mesma pessoa. NC

Pouco depois de abrirem as portas, junto ao Jardim Mário Soares, no Campo Grande, já se formavam filas de espera para entrar na primeira morada da Taberna Londrina em Lisboa. Afinal, trata-se de uma casa que foi crescendo em metros quadrados e em público, somando já oito moradas nos últimos sete anos – à original, de Guimarães, juntaram-se depois Braga, Porto, Famalicão e Póvoa de Varzim.

O desejo de chegar à capital já era antigo e concretizou-se na primavera, neste que é o maior espaço da marca, reunindo cerca de 150 lugares, entre o espaço interior e o tranquilo jardim-esplanada nas traseiras. E se a decoração faz juz à identidade dos restaurantes-irmãos – das madeiras claras às amarras – o mesmo se diz da carta, à exceção das sobremesas, que em Lisboa são diferentes: os cheesecakes de maracujá e frutos vermelhos e a própria produção de gelados.

As francesinhas da casa nasceram há sete anos em Guimarães e a sua receita mantém-se a mesma. (Fotografias: Reinaldo Rodrigues/GI)

As diferentes variedades de francesinha da Taberna Londrina chegaram a Lisboa.

Doces à parte, as francesinhas são a jóia da coroa e aqui há para todos os gostos. As originais da casa são as mais tradicionais (desde 9,50 euros), levando bife de alcatra ou bife do lombo, mas também há de frango e de hambúrguer de vitela. Outros destaques são a vegetariana; a D’Antes, com pão bijou ou a normal, com pão de baguete. O cachorro especial e a tosta mista também podem levar o mesmo molho secreto de francesinha, que é feito por uma só pessoa – a mãe de um dos quatro sócios – para todas as moradas. Trata-se de um molho menos picante e cervejeiro e mais cremoso e adocicado, mas há sempre hipótese de fazê-lo a gosto do comensal.

Entre esplanada nas traseiras e mesas interiores, a Taberna Londrina consegue acolher 150 comensais.

O restaurante está situado no Campo Grande, junto do Jardim Mário Soares.

As mais de trinta referências de cervejas do mundo podem acompanhar outros petiscos do chef João Francisco (que veio da casa original para esta abertura), como os clássicos cachorrinhos, os folhados de alheira, asinhas de frango picantes, saladas, pregos e hambúrgueres. Propostas que podem chegar no futuro além-fronteiras, já que a internacionalização é um dos próximos objetivos. Importa ainda referir que ao almoço de segunda a sexta, a Taberna Londrina tem menus a 10 e 12 euros com pratos do dia, francesinhas e bifes da casa. Todos com bebida e café, alguns com sopa.

Todos os dias úteis, há pratos de carne e peixe que compõem menus acessíveis ao almoço.

Os cachorrinhos da Batalha e os folhadinhos de alheira são alguns dos petiscos da carta, para provar dentro e fora de refeições.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Na Glutenfreak há francesinhas sem glúten, mas com todo o sabor

Liliana Sousa descobriu, por volta dos 30 anos, que era celíaca. Pessoas que padecem daquela doença autoimune tornam-se “peritas em ler rótulos” e habituam-se a sair à rua munidas de snacks compatíveis com as suas restrições alimentares, conta. CF

Como sentia na pele essas dificuldades e sonhava ter um negócio próprio, abriu, há menos de um ano, e apesar da pandemia, o Glutenfreak. É um misto de restaurante, cafetaria e mini mercearia, com uma oferta 100% sem glúten, devidamente certificada. No topo das vendas, está a francesinha.

No Glutenfreak, a mais famosa sanduíche portuense é confecionada com pão e cerveja sem glúten. De resto, leva os ingredientes habituais: fiambre, linguiça, salsicha fresca, bife, queijo, molho picante e batata frita a acompanhar (o ovo estrelado é opcional). “O objetivo foi que soubesse a francesinha”, resume Liliana, que foi ouvindo opiniões e afinando a receita até chegar à versão final do molho e ao ponto certo de tostar o pão. Muito recentemente, começou a servir também francesinha vegetariana, com salsicha vegan, curgete, pimento, ananás e um molho diferente, sem carne, clarifica a responsável pelo espaço, que continua a trabalhar em ciências de computadores, terminada a licença sabática pedida para arrancar com o projeto.

(Fotografia de Igor Martins/Global Imagens )

Quem quiser abastecer a despensa com produtos isentos de glúten, encontra ali uma variedade de snacks e congelados, entre eles, pães e bolos sem glúten e sem leite, da padaria/pastelaria Bonna, de Braga. Antes de sair, vale a pena apreciar a decoração, que integra quadros em ponto cruz bordados pela mãe de Liliana, peças em macramé com o selo By Angie e trabalhos dos artistas Filho Bastardo e Costah. Este último, tatuador e ilustrador, criou uma figura a partir de uma forma que já existia na parede e também deixou a sua marca na janela que dá para a rua.

Molho para levar
O molho de francesinha do Glutenfreak pode ser levado para casa em garrafas de meio litro. Cada unidade custa 5 euros.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Francesinhas em Casa, a nova meca algarvia

Quando a pandemia rebentou, o portuense Diogo Matos tinha o terceiro curso terminado na Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão, estava sem emprego e não lhe faltava vontade de trabalhar. Um dia, quando decidiu encomendar uma francesinha ao domicílio, sentiu a escassez que existia no mercado algarvio. NC

Meteu mãos à obra na sua própria casa, com a ajuda da mãe Patrícia, e o crescimento foi repentino, chegando a receber reservas com seis dias de antecedência. “Cresceu de um dia para o outro. Numa noite, tínhamos 10 entregas de francesinhas. Na seguinte, já eram 40”, diz Diogo.
Depois de uma paragem no final de 2020 e início deste ano, era necessário dar o passo seguinte. Uma morada só para takeaway e entregas chegou a existir mas foi em agosto que a Francesinha em Casa ganhou o seu restaurante a sério, com espaço para sentar e comer, nos Montes de Alvor, às portas de Portimão.

É aqui que se confeciona a iguaria, tanto na versão mais tradicional, com vaca, mas também se faz com frango, porco e até em versão vegana – a “única que existe no Algarve” -, com seitan marinado e cogumelos salteados. Transversal a todas as variações é o molho vegano, só com produtos locais. “É uma receita familiar que passou de geração em geração. Agora foi só aprimorar até chegar à fórmula perfeita”, explica o dono, que tem uma novidade na casa.
A francesinha XXL (vaca, porco ou frango), nasceu da procura de alguns comensais, com apetite para mais do que uma francesinha, e pesa quilo e meio só de sanduíche, regada com um litro de molho.

Quem a conseguir comer em 40 minutos, recebe-a de graça e ainda leva uma garrafa de vinho do Douro para casa. Tem também direito a ter a sua fotografia no “placar da fama” do concurso. Na primeira semana, de 20 participantes, só dois conseguiram. É ir até lá e tentar a sorte.

Cachorrinhos na carta
Os típicos cachorrinhos à moda do Porto são um dos petiscos que também sai com frequência da cozinha de Diogo Matos.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


A francesinha da San Gallo aposta na carne e num molho especial

Está a fazer agora dois anos que Roberto Santos e a mulher Liliana Brochado abriram o San Gallo, em Canelas. LM

Roberto já trabalhava em restauração, tendo passado por alguns restaurantes dedicados à carne. Surgiu então a oportunidade de se aventurar a solo com a mulher, mas o restaurante esteve pouco tempo aberto. A pandemia chegou, o que trocou as voltas ao negócio.

Os fechos e as aberturas condicionaram o crescimento do restaurante. Mas o projeto não se perdeu. “Fomos conseguindo aos poucos fazer o caminho com o take-away e muita entrega ao domicílio, o que continuamos a fazer. Apesar de tudo, fomos fazendo publicidade e demos a conhecer a nossa comida”, conta. Isso estimulou a curiosidade do público.

As carnes são um grande chamariz de casa. Trabalham com maturações de, no máximo, 40 dias – a maturação é feita na casa -, e cortes de referência com o t-bone, o costeletão, o tomahawk e o bife de vazio maturado. A par disso, criaram uma francesinha que se propôs a ser diferente. “O molho foi desenvolvido por mim e pela minha esposa, sobretudo por ela. Eu só dei uma ajuda. Foi ela a mentora”, diz.

Roberto Santos, proprietário. (Adelino Meireles/Global Imagens)

Queriam fazer algo não convencional e com muita qualidade. Este é baseado no molho poveiro, “com um travo mais adocicado, um pouco diferente dos do Porto”. Fizeram ensaios até chegar à receita final, picante qb, até porque não queriam que fosse tão doce como o poveiro. O recheio é com bife de vitela, salsicha fresca e linguiça, como manda a tradição.

Sabores tradicionais
Além das carnes maturadas e da francesinha, não falta comida tradicional, como pratos de bacalhau e de polvo. Mas um dos que tem mais saída é mesmo a picanha.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Amora: nesta nova casa de pregos familiar prova-se um híbrido de francesinha

Um híbrido entre prego e francesinha é uma das estrelas da Pregaria Quarenta, a nova casa da Amora, na Margem Sul, onde reinam os preços acessíveis, o ambiente familiar e o fado. NC

É difícil resistir a um bom prego, muitos concordarão. Ou a uma bela francesinha. Quando se cria um híbrido de ambos, está feita a receita para o sucesso. Que o diga Paulo Cruz, almadense e autodidata confesso, que abriu este verão a Pregaria Quarenta, a casa de pregos que quis oferecer ao bairro onde mora, na Amora, na Margem Sul. Batizado em homenagem à Invicta, O Da Ribeira (9,50€) é o petisco que junta o bife, linguiça, salsicha, ovo e queijo, ensanduichados em pão alentejano (ou bolo do caco, para quem preferir). O molho da francesinha vem servido à parte, para que cada um sirva à sua medida, ou para mergulhar a iguaria na taça, como um dip.

A ideia surgiu no ano passado, quando Paulo incluiu o tradicional prego na carta de um bar na Costa de Caparica que estava a gerir. “Notei que o prego estava ganhar visibilidade, vinham pessoas de Lisboa para o comer. É um petisco altamente português”, conta o proprietário. Na Quarenta, a dinâmica familiar está bem visível, desde a mãe, carinhosamente chamada de Zuca, a liderar a cozinha, e a mulher, Andreia, a tratar da decoração.

O Da Ribeira é um híbrido entre prego e francesinha, e uma das propostas da nova Quarenta. (Fotografias: Paulo Spranger/GI)

A Quarenta abriu este verão na Amora, na Margem Sul.

O responsável pelo espaço que mantém uma dinâmica familiar.

Este mesmo prego está na carta deste novo espaço. Os restantes são uma ode aos bairros tradicionais da capital, os mesmos que aparecem em imagens num ecrã. O Lá da Mouraria (8,50€) leva frango, molho de abacate e picadinho de cebola, o Mestre D’Bairro Alto (9,50€) junta bife do lombo em molho teriaky e malagueta. Há ainda o Lá N’Madragoa (8,50€), com cogumelos salteados, o bife de atum no Cais do Sodré e o mais recente, o Hiroshima, com salmão braseado.

Sabores que se provam ao som dos clássicos do fado, que vão encurtando a distância entre as duas margens do Tejo, enquanto se deita o olho ao jardim vertical e aos baloiços que dão vida a uma das paredes. O próximo passo é colocar uma esplanada à entrada.

Há diferentes variedades de pregos, do bife do lombo ao frango, cogumelos ou salmão, por exemplo.

Os baloiços e o jardim vertical que dão cor à entrada do espaço.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Francesinha do Clandestino: uma especialidade que nasceu no confinamento

Durante o confinamento, o restaurante de “fine dining” Salpoente, em Aveiro, apostou num serviço para entregas e takeaway de pratos como a francesinha. Ela ganhou popularidade e, agora, também pode ser saboreada no seu espaço próprio, o Clandestino. CF

Entre os pratos disponibilizados através do serviço de entregas e takeaway “Executive Express” estava a francesinha, cuja popularidade se mantém em alta no Clandestino by Salpoente. O novo espaço do grupo, de ambiente descontraído e urbano, tem por base a ementa criada durante o confinamento, com uma novidade: as pizas napolitanas. Abriu em fins de setembro, na zona do Alboi, em frente ao Jardim da Baixa de Santo António.

Na mesma morada, mas com acesso por outra porta, funciona a parte de takeaway, que esteve no início de tudo. A carta do Clandestino tanto se adapta a refeições no domicílio, a sós ou em família, como ao espaço físico do restaurante, e exemplo disso é a francesinha à Salpoente, a tal que já havia conquistado seguidores. Regada com molho com um toque de doçura, que pode ser picante ou não, combina pão de forma recheado com bife da vazia, bacon, linguiça e salsichão com queijo, ovo e batatas fritas (servidas à parte). Quem preferir uma versão mais ligeira, tem a francesinha de aves. Existe ainda margem para uma certa personalização.

(Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)

(Fotografia de Maria João Gala/Global Imagens)

 

 

 

 

 

 

 

 

O nome do restaurante pode ser explicado de duas maneiras, segundo o responsável pelo projeto, Emanuel Sabino. Por um lado, aquando do confinamento, era como se houvesse uma cozinha clandestina dentro do Salpoente, que, sendo um restaurante de “fine dining”, estava focado no serviço “Executive Express”. Por outro lado, defende, “o uso da palavra [Clandestino] nunca fez tanto sentido como na pandemia”. No logótipo surge, aliás, representada uma raposa, símbolo de astúcia.

Continuidade
No Clandestino, o chef executivo é Duarte Eira e o chef residente João Dias, que trabalhou com o primeiro na cozinha do Salpoente.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 


Tapiscaria do Bairro: em Telheiras, há petiscos sem horas em casa familiar

Com apenas um mês, a Tapiscaria do Bairro já fidelizou comensais ao almoço e nos petiscos fora de refeições, com preços democráticos. Na nova morada de Telheiras, a francesinha é a rainha das sextas-feiras, mas há muito mais para provar. NC

É uma casa que se alimenta da memória e da família, a que nasceu há um mês na Rua Hermano Neves, em Telheiras. Basta olhar para a decoração da Tapiscaria do Bairro, com balcões em pedra e móveis restaurados, antigos raladores e marmitas e até a típica cestaria da zona de Gonçalo, na Guarda, que Rafael Pinto resgatou das casas de bisavós e da antiga padaria do avô, esta em Alverca. Antes de abrir este restaurante com um amigo de longa data, André Mendonça, foi no mundo do pão que deu primeiros passos e se apaixonou pela cozinha.

Depois, seguiram-se duas décadas ligadas à restauração e hotelaria, com passagens pelas cozinhas dos chefs Vítor Sobral e Chakall ou até pelo Le Manoir aux Quat’ Saisons, londrino com duas estrelas Michelin. No novo desafio, um desejo antigo, aposta-se nos petiscos portugueses com toque contemporâneo e alicerces nos sabores mediterrânicos.

A francesinha é uma das propostas da carta da Tapiscaria do Bairro, às sextas. (Fotografias: Leonardo Negrão/GI)

O crumble de maçã com gelado de baunilha, nata ou chocolate.

Rafael Pinto e André Mendonça e Rafael Pinto, responsáveis pelo novo espaço.

Certa é a chegada da francesinha todas as sextas-feiras, empilhada com pão de forma torrado, novilho, linguiça, salsicha, ovo e queijo, e batatinhas rústicas em redor. O molho não dispensa o tabasco, a cerveja e o whisky mas tem no molho de tomate um dos truques – o uso de uma percentagem de tomate seco ao sol.

Entre as restantes propostas da cozinha que não fecha há ovos rotos; brás de farinheira e cogumelos; choco frito; naco de vitelão; crumble de maçã; saladas; tostas ou hambúrguer de novilho alentejano, com maior foco nos almoços e durante a tarde, no interior ou na esplanada coberta, onde se foge ao barulho dos carros. Com preços democráticos, importa ressalvar os menus de almoço durante a semana, sempre com pratos diários de carne e peixe, bebida e café, a menos de nove euros. Outra alternativa da Tapiscaria do Bairro é o takeaway, que é entregue em caixas biodegradáveis, a pensar na pegada ambiental.

A Tapiscaria do Bairro chegou a Telheiras há cerca de um mês.

Entre a decoração nostálgica, encontra-se cestaria tradicional e mobiliário recuperado.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.