O novo menu que é uma viagem ao mundo pelos países lusófonos

O novo menu que é uma viagem ao mundo pelos países lusófonos
Celebrar a lusofonia pelo mundo, sem sair de Lisboa. Macau, Brasil e São Tomé são alguns dos territórios que inspiram o novo Menu de Degustação dos 4 Continentes, do restaurante Geographia.

Os globos e os mapas com as antigas colónias portuguesas, que vestem algumas das paredes, são um claro indicador da inspiração deste Geographia, mas o maior sentido de orientação vai chegando à mesa, num dos novos pratos deste restaurante lisboeta, que pretende levar-nos numa viagem da língua portuguesa pelo mundo fora, com propostas portuguesas, angolanas, brasileiras e cabo-verdianas, goesas, macaenses ou moçambicanas, entre outros exemplos.

O Menu de Degustação dos 4 Continentes é uma das principais novidades do espaço aberto há mais de um ano pelo trio Rúben Obadia, Miguel Júdice e Lucyna Szymanska, que tem na lusofonia o principal alicerce para as suas propostas gastronómicas. É assim desde o arranque do restaurante, situado entre as zonas da Lapa, Santos e Janelas Verdes, e o mesmo mantém-se neste novo menu de quatro momentos, com entrada, prato de peixe, outro de carne e sobremesa, ao preço de 35 euros por pessoa.

O começo é feito com marisco, misturando influências portuguesa e brasileira: uma sapateira, «que queria ser casquinha de siri», como é descrita na carta. Trata-se de uma pasta para colocar sob pão torrado, inspirado na típica casquinha brasileira, com carne de siri desfiada. O marisco volta ao menu com o prato principal de peixe, que vem preencher a vaga de confort food da noite, e que também vai beber às raízes do país-irmão: um escondidinho de puré de mandioca com camarão e queijo catupiry caseiro.

O Pato do Rio das Pérolas com molho de ostra e arroz chau-chau, de inspiração macaense. (Fotografias: DR)

O escondidinho de puré de mandioca com camarão e queijo catupiry caseiro.

Depois da Europa e da América do Sul, dá-se um salto até à Ásia, com o prato de carne, com várias texturas e onde se aposta no pato, que se desfaz a cada garfada. É o Pato do Rio das Pérolas com molho de ostra e arroz chau-chau, um prato de influência macaense. O calor africano fecha o Menu de Degustação dos 4 Continentes com chave de ouro, e a proposta ideal para os apreciadores de cacau: uma mousse de chocolate de São Tomé, acompanhada de um salame do mesmo chocolate.

Mas há mais novidades para provar nas duas salas do Geographia, que mantém um ambiente descontraído e tranquilo, com apontamentos mais elegantes, como os individuais de pele. A moqueca de peixe à moda da Guiné-Bissau e os pastéis de bacalhau e mandioca com arroz malandrinho de peixe, com inspirações portuguesa e timorense, são alguns dos reforços da carta fixa, assim como a Salada dos 4 Continentes, que junta legumes fruta e um vinagrete de laranja, mel e coco.

A sapateira faz parte do novo menu de degustação.

Nos cocktails de autor, também há novidades.

Para acompanhar estas ou outras propostas, vale a pena provar um dos novos cocktails de autor, também com influências lusófonas. O português Da Madeira Com Paixão junta rum da Madeira, Brisa e xarope de maracujá; o cabo-verdiano Groguito é uma adaptação do clássico mojito, com grogue castanho; e o mocktail Lassi de Banana, que nos leva até Goa, junta iogurte, banana, pistáchio, cardamomo e pimenta.

Aos sábados, a gastronomia lusófona alia-se à arte, numa parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga, vizinho do Geographia: no primeiro sábado de cada mês, fazem-se programas que incluem visitas guiadas ao museu, seguidas de um almoço neste restaurante. Também uma vez por mês, decorre o já conhecido Jantar de Viajantes, dedicado a um território e onde, durante uma noite, se provam pratos do escolhido local e se contam histórias lá passadas, em viagem. O próximo é já esta quinta-feira, dia 12, alusivo à Arménia, e inclui entrada, prato principal e sobremesa, a 30 euros, com bebidas. Quem já tem presença marcada é o já conhecido rinoceronte Ulisses, que decora em tamanho grande, uma das paredes do Geographia, em alusão ao rinoceronte enviado a D. Manuel I, pelo Papa Leão X, mas que se afundou no barco onde ia, antes de chegar ao destino.

 

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