O Malandro do Marquês tem comida lusófona em conta (e música ao vivo)

A carta, de essência lusófona, propõe pratos típicos de Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Brasil e, claro, Portugal. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
A cidade multicultural celebra-se à mesa do Malandro do Marquês com um menu que vai de Angola ao Brasil, ao almoço e ao jantar. Atuações de humoristas e de grupos musicais completam o cardápio desta casa liderada pelo chef Ademiro.

Aos 67 anos, Ademiro Almeida julgava-se já aposentado do trabalho diário de chef, ao cabo de uma longa e preenchida carreira de três décadas, mas a vida trocou-lhe os planos e levou-o à cozinha do Malandro do Marquês. Entrou “por brincadeira”, diz à “Evasões”, mas a aceitação por parte dos clientes foi tal que ficou como chef de cozinha deste restaurante, situado na movimentada zona do Marquês de Pombal.

Inspirado na figura típica do bon vivant que aprecia a vida noturna, o Malandro do Marquês assume dois andamentos: de dia, apresenta-se como um restaurante para almoços práticos e acessíveis (com um menu a 10 euros/pessoa), e à noite, entre quarta-feira e sábado, transfigura-se num espaço cultural, com sessões de stand-up comedy e músicas do mundo tocadas ao vivo. A carta, essa, é de comida lusófona.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

Ademiro sabe o que faz na cozinha. Autodidata, conta que aprendeu a cozinhar com a ajuda da madrasta (“uma grande cozinheira”) e lendo, vendo e aprendendo tudo o que conseguia, desde os vinte e poucos anos. Os pratos que chegam à mesa são a confirmação de um sentido apurado para os temperos e para o saber-fazer de uma cozinha caseira. “É uma comida de mão como fazemos em casa”, descreve o chef.

A carta, de essência lusófona, propõe pratos típicos de Cabo Verde (de onde o chef é natural, da ilha de São Vicente), Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Brasil e, claro, Portugal. E que prato representa melhor Cabo Verde senão a cachupa refogada? Com lugar cativo na carta, é também uma das quatro opções fixas dos pratos que compõem o menu do almoço, durante a semana.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

Entre elas contam-se também cebolada de atum com batata doce frita; choco frito com arroz, batata e salada; filetes de pescada com arroz de feijão; e bitoque com ovo estrelado, batata e arroz. Além de um destes pratos à escolha, o menu inclui um cesto de pão, uma manteiga, bebida (copo de vinho da casa, cerveja, refrigerante ou água), sobremesa do chef e café. Todas as semanas há três pratos rotativos.

Segundo conta o gerente Roman Bogolepov, o menu de almoço permitiu reforçar a aposta nos almoços, iniciados há apenas dois meses para atrair os trabalhadores de escritórios da zona. O chef completa a ideia: “Os meus patrões são os clientes e fico satisfeito por eles saírem satisfeitos”. Além do menu económico, a carta tem outros pratos como picanha, bacalhau espiritual, arroz de garoupa e moqueca de camarão.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

De petiscos também há muita variedade, assim como de sobremesas para encerrar a refeição de forma doce. O destaque vai para o pudim de queijo de cabra, típico de Cabo Verde. Já as noites de música ao vivo (semba, samba, funaná, bossa, morna e Fado, por exemplo) decorrem de quinta a sábado e casam a música com um prato temático nos jantares de sexta-feira e sábado, a 25 euros/pessoa, até à meia-noite.

 

O MENU
Menu de almoço…10 euros
(Inclui pão e manteiga, prato do dia, bebida, sobremesa e café)
Especialidades: cachupa refogada e bitoque.
Sobremesas: pudim de queijo de cabra e pudim de leite condensado.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend