Os muffins de aspeto apetitoso que se veem através das grandes portas de vidro e a ardósia colorida a anunciar os petiscos do dia convidam a entrar. Lá dentro ouve-se jazz, num ambiente fresco e elegante, em tons de verde, que deixa adivinhar o que aqui se come. Não fosse o nome já pista suficiente.
Com O Macrobiótico, Joana quis trazer ao lugar onde cresceu – os pais são os donos da frutaria na porta ao lado – aquilo que a experiência de vida lhe ensinou. «Tive alguns problemas de saúde e foi através da alimentação macrobiótica que consegui melhorar», conta.
«Na dieta macrobiótica não há alimentos proibidos, mas privilegia-se o consumo de cereais integrais, vegetais e leguminosas.»
Agora, quer transmitir a quem por aqui passa os benefícios de uma alimentação preventiva, ainda que para muita gente a palavra «macrobiótico» ainda intimide. «Opções vegetarianas há já por todo o lado, mas os pratos macrobióticos ainda são muito difíceis de encontrar e noto que as pessoas desconhecem a diferença entre uma e outra dieta», diz. O esclarecimento devido: «Na dieta macrobiótica não há alimentos proibidos, mas privilegia-se o consumo de cereais integrais, vegetais e leguminosas.»
Aqui, no entanto, toda a ementa é vegana, dos muffins de laranja ou alfarroba, aos bolos caseiros, quiches, empadas e os pratos mais consistentes que a chef Raquel Rocha prepara diariamente, de raiz e com apresentação cuidada.
Quem aqui vem almoçar – jantares, só ao sábado – tem apenas um prato como opção, mas a certeza de ser pensado ao pormenor, como é o caso das almôndegas de lentilhas em puré de batata-doce, acompanhadas de fusilli em pesto e verdes escaldados. A sugestão do dia é pensada de acordo com a altura do ano e os legumes disponíveis. A complementar a refeição há sempre sopa do dia, um chá escolhido para ligar com o prato e sobremesa.
Numa masseira de madeira, estão dispostas as três variedades de pão feitas aqui: da casa (trigo e centeio), de sementes e de arroz.
Neste espaço que é também cafetaria e mercearia biológica, toda a decoração foi inspirada a partir de um única peça, um antigo armário verde-escuro de mercearia, agora recheado de compotas, farinhas, algas, massas, miso de cevada e outros produtos que Joana tem todo o gosto em explicar a melhor forma de confecionar.
Numa masseira de madeira, estão dispostas as três variedades de pão feitas aqui: da casa (trigo e centeio), de sementes e de arroz. Todos feitos com recurso a fermentação natural. Neste lugar de paredes rústicas, onde se celebram as origens e o que é natural, pode haver quem entre duvidoso, mas é certo que sai satisfeito e que o corpo agradece.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.Leia também:
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