O ceviche é rei e senhor no Choclo, novo espaço da Bica

O casal responsável pelo Choclo. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
Na nova cevicheria da Bica, liderada por uma luso-alemã e um chileno, há cinco versões do clássico peruano e outros petiscos para partilhar, junto ao elevador.

Ele trabalha na cozinha há uma década, ela está ligada à área dos recursos humanos, mas tinham o sonho de abrir um projeto próprio e comum. Com a pandemia, “houve mais tempo para pensar na vida e no que nos faz feliz”, explica Katharina Goyke, nascida em Berlim e com mãe portuguesa. A luso-alemã e o marido, o chileno Matías de Araujo, trocaram a capital alemã por Lisboa, onde abriram a nova cevicheria Choclo (um dos 55 tipos de milho do Peru), focada no clássico peruano.

“É o meu prato preferido, conseguia comer ceviche todos os dias”, ri-se Matías, que cresceu influenciado pelos sabores do vizinho Peru. “No Chile, partilhamos muito da sua cultura, temos produtos similares”, conta o jovem, que nos últimos 10 anos tem trabalhado com vários chefs peruanos.

Há cinco variedades de ceviche no Choclo. (Fotografias de Reinaldo Rodrigues/GI)

O Leche de Tigre, uma marinada de ceviche com peixe, camarão e lula, servido num copo de cocktail.

No espaço da Bica, onde toda a equipa é da América Latina, aposta-se numa carta curta mas diversa, e a preços justos. “Na Europa, o ceviche é muito visto apenas como uma entrada ou como algo caro. Quisemos contrariar isso”, conta Katharina, que quis trazer um pouco da dinâmica da street food e dos mercados de rua para o Choclo.

Há cinco ceviches (três tradicionais e dois da autoria de Matías), destacando-se o clássico (peixe branco do dia do Mercado da Ribeira, leite de tigre, milho peruano e batata-doce) e o nikkei (atum, leite de tigre yuzu-ponzu, alga wakame, edamame, amendoim japonês e abacate); mas também pratos quentes, como o arroz de mariscos típico do norte peruano, com base de coentros, polvo, camarão e lula.

Um dos cocktails da casa.

O pulpo olivo, tiras de polvo com maionese de azeitonas peruanas e abacate.

Nas entradas, vale a pena provar as yuquitas a la Huancaína (mandioca frita e molho caseiro de chili amarelo); o Pulpo al Olivo (tiras de polvo com maionese de azeitonas peruanas, abacate); e o vistoso Leche de Tigre (marinada de ceviche com peixe, camarão e lula, servido num copo de cocktail). Há vários cocktails à base de pisco, vinho e cerveja peruana, para provar sem horários rígidos – o Choclo só fecha entre as 17h e as 18h -, junto ao Elevador da Bica, que sobe e desce mesmo ali ao lado.

O restaurante peruano é uma das novidades do bairro da Bica.

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