Capturado nas longínquas águas geladas da Islândia e da Noruega, o bacalhau extra especial Jumbo percorre alguns milhares de quilómetros até chegar a Lisboa e entrar na sala de corte e demolha do restaurante Doc Coc, na Doca de Santo Amaro.
A matéria-prima permanece demolhada a baixa temperatura entre 48 a 72 horas, para apurar mais ou menos sal, é assada num forno a lenha e de carvão à frente dos clientes e chega à mesa em postas de um quilo, capazes de alimentar confortavelmente uma família de três pessoas.
Servido no aconchego do tradicional grão, da batata assada e dos espinafres, o bacalhau à posta pode ser, contudo, ajustado consoante os apetites, mas é certo que os portugueses não lhe resistem, já que em média cada pessoa consome seis quilos por ano.
Com sete pratos deste peixe na ementa, o chef Luís Silva sabe que não há muito que inovar na confeção, sob pena de desvirtuar a autenticidade dos sabores, e por isso aposta na diversificação da carta, trabalhando o bacalhau na forma de açorda, pataniscas ou pastéis.
A oferta do restaurante – cujo nome resulta de uma junção das palavras inglesas dock (doca) e codfish (bacalhau) – não se fica, contudo, pelos mares nórdicos. Aventura-se terra dentro até San Sebástian, no País Basco, e apresenta um costeletão de novilho maturado, grelhado em brasa de lenha e servido com batata assada e maionese caseira, tomate cherry e esparregado.
A carne é «de qualidade excecional, grelhada só com sal», explica o gerente André Março, que abriu o Doc Cod há cerca de um ano sob a chancela do grupo Paparazzi, detentor do Largo e do Doca Peixe. Daí que não falte sequer uma carta de gins para explorar, aliando o que é moderno ao tradicional e português.
Longitude : -9.178744000000052